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DOI: 10.1055/s-0044-1798168
MANEJO DE FERIDA NA RADIOTERAPIA: UM ESTUDO DE CASA SOBRE CORDOMA SACRAL
Apresentação do caso: Estudo de caso de paciente em atendimento no ambulatório de radioterapia de um CACON da cidade de Porto Alegre. Sexo masculino, 53 anos, diagnosticado com cordoma sacral e submetido a sacrectomia, retossigmoidectomia, colostomia terminal e reconstrução com retalho miocutâneo com reto abdominal. Em seguimento, apresentou recidiva tumoral nove meses após a abordagem cirúrgica, sendo contraindicada, nova intervenção. Encaminhado ao serviço de radioterapia onde optou-se por realizar 30 Gy em 10 frações no local da recidiva, objetivando o controle da dor e possível redução da neoplasia. A lesão em região sacral apresentava-se com edema, eritema, área necrótica no centro do glúteo máximo a esquerda, sangrante e fétida. Discussão: O cordoma é uma neoplasia epitelial maligna rara que se origina de remanescentes embriológicos da notocorda primitiva. Cerca de 50% dos casos se localiza na região sacral e constitui na neoplasia primária mais comum dessa região. Sua evolução desfavorável decorre do seu comportamento local agressivo e de sua proximidade a tecidos nervosos e ao arcabouço ósseo da pélvis, o que dificulta a obtenção de margens de ressecção livres. Tendo em vista que são poucos sensíveis à radioterapia e quimioterapia, o tratamento de escolha consiste na ressecção radical complementada ou não com radioterapia adjuvante. No entanto, a avaliação especializada e a utilização de curativos específicos para cada particularidade da lesão, são fundamentais para o alcance de melhores resultados. Comentários finais: no presente caso, uma vez que o mesmo foi considerado irressecável, optou-se pela radioterapia local como tentativa de diminuir ou estabilizar o crescimento da massa e melhora sintomática da dor. Obtivemos bons resultados, com redução tumoral importante e paciente não necessitando manter analgesia. Foram realizados curativos com hidrofibra com prata a cada 72 horas e desbridamento das áreas necróticas. Conseguimos ao fim do tratamento radioterápico, criação de fibrina e a revitalização do tecido. A radioterapia não é utilizada como tratamento isolado devido às grandes dimensões de tumor ao diagnóstico. Está bem indicada após ressecções subtotais visto que sua função é promover o controle local da neoplasia. Na busca da cirurgia oncológica ideal a abordagem multiprofissional é ideal, ponderando com o paciente possíveis sequelas do tratamento.
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Article published online:
23 October 2019
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Aline Moraes de Abreu, Marcela Metzdor, Mayara Lindner Brandão, Bruna Schroeder Mello. MANEJO DE FERIDA NA RADIOTERAPIA: UM ESTUDO DE CASA SOBRE CORDOMA SACRAL. Brazilian Journal of Oncology 2019; 15.
DOI: 10.1055/s-0044-1798168