Open Access
CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-233
DOI: 10.1055/s-0045-1807330
POSTER DIGITAL
TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA

SEMINOMA DE TESTíCULO COM METáSTASES INGUINAIS - RELATO DE CASO

Isabella Kern Arendt
1   UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
,
Leonardo Werner Rasche
1   UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
,
Letícia Signori Kohl
1   UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
,
Ícaro de Azevedo Alexandre
1   UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
,
Fernanda Paula Schafer
1   UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
,
Bernardo Cenci Basso
1   UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
,
Víctor Sánchez Zago
1   UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
,
Ivan Neutzling Ludtke
1   UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
› Author Affiliations
 

    Apresentação do caso: Paciente de 35 anos, masculino, procura atendimento médico em janeiro de 2017 com queixa de caroço na região inguinal direita. Aos 7 anos realizou orquidopexia bilateral por criptorquidia bilateral. Exame físico evidenciou testículo direito pequeno, doloroso e endurecido e o esquerdo atrófico. Presença de linfadenomegalia direita. A ultrassonografia realizada evidenciou imagens sugestivas de neoplasia de testículo direito e microlitíase testicular bilateral, além de linfadenomegalia direita. O anatomopatológico mostrou seminoma clássico infiltrando a rete testis e linfonodos da região inguinal direita com metástases do seminoma com comprometimento de 1:11 sem extensão extracapsular. Foi realizada orquiectomia radical direita e linfadenectomia inguinal direita. Câncer de testículo, embora raro, é a neoplasia maligna mais comum entre homens jovens de 15 a 35 anos, correspondendo a 1% de todas as neoplasias no sexo masculino. Os tumores primários do testículo são classificados em germinativos e não germinativos. Os tumores germinativos, que incluem os seminomas, não-seminomas e os tumores mistos, correspondem a 90% das neoplasias testiculares e a 0,5% das neoplasias do sexo masculino, sendo o seminoma o mais frequente entre a população adulta. Já os tumores não germinativos são muito mais raros e correspondem a apenas 2 a 3% das neoplasias testiculares. Há associações causais com fatores genéticos, hormonais, congênitos (criptoquirdia), e adquiridos (atrofia e trauma testicular). O seminoma geralmente apresenta-se como uma massa testicular e tem tendência para a disseminação linfática para os linfonodos retroperitoneais, sendo as metástases inguinais muito raras, assim como a disseminação hematógena. As manifestações clínicas mais comuns são a presença de um nódulo no testículo ou o aumento do volume testicular. Diagnóstico inclui ecografia escrotal seguida de testes radiográficos. O tratamento é cirúrgico, através da orquiectomia inguinal radical e acompanhado pela medição de marcadores tumorais séricos. O câncer testicular por si só já é raro, mas metástase inguinal por câncer de testículo mostra-se mais rara ainda. Além da orquiectomia radical direita, foi realizada linfadenectomia inguinal direita, contudo, o tratamento rotineiro das metástases dos linfonodos inguinais em pacientes com tumores testiculares e com história prévia de cirurgia inguinal ou escrotal ainda é controverso devido a baixa prevalência dos casos.


    No conflict of interest has been declared by the author(s).

    Contato:

    ISABELLA KERN ARENDT

    Publication History

    Article published online:
    10 July 2025

    © 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.

    Thieme Revinter Publicações Ltda.
    Rua do Matoso 170, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20270-135, Brazil