Subscribe to RSS

DOI: 10.1055/s-0045-1807335
SARCOMA EPITELIóIDE, UM CASO DE DIAGNóSTICO E MANEJO DIFíCEIS
Apresentação do caso: Masculino, 81 anos. Massas cervicais recidivantes, submetido a múltiplas cirurgias com quimioterapia (QMT) neoadjuvante e radioterapia (RDT) adjuvante em 2005 e 2006, respectivamente em Recife e São Paulo. Em 2010,2014 e 2015, em Santa Catarina, foi novamente operado e o caso melhor investigado. Inicialmente, suspeitou-se de um timoma ectópico. A imuno-histoquímica em 2015 revelou expressão focal para proteína S-100 e desmina, favorecendo o diagnóstico de neoplasia maligna epitelióide de baixo grau, sendo sarcoma a principal possibilidade. Em 2016, retorna para controle. Solicitada tomografia cervical e de pescoço, apresentou nódulos na musculatura paravertebral e nos músculos escaleno médio e elevador da escápula esquerdos. Em maio de 2017, realizou linfadenectomia radical modificada a esquerda com RDT adjuvante. Cirurgia questionada em função da ausência de plano de clivagem com coluna cervical e carótida comum. Paciente encontra-se assintomático e aguarda laudo da última cirurgia. Discussão: O sarcoma epitelióide é um tipo raro de sarcoma de partes moles, correspondendo a menos 1% de todos os subtipos. Tem predisposição para homens jovens e acomete principalmente extremidades. Pode ocorrer também em períneo, tronco e raramente envolve a cabeça e o pescoço. A apresentação clínica é inocente, o que leva ao retardo no diagnóstico. A maioria dos tumores se apresenta como um nódulo palpável nas partes moles ou no subcutâneo. O diagnóstico de sarcoma epitelióide é desafiador e realizado com base em características histopatológicas e imunohistoquímicas para marcadores epiteliais. A microscopia revela arranjo nodular das células neoplásicas de aspecto epitelióide com degeneração central e necrose. A invasão vascular é rara. Há dificuldade de diferenciá-lo de outras condições. A abordagem deve ser a ressecção ampla com margens livres, apresentando altas taxas de recorrência local. A sobrevida e o prognóstico são de difícil determinação pela raridade. No sarcoma epitelióide a taxa de metástase linfonodal é elevada e a principal via de disseminação é hematogênica. Comentários finais: O sarcoma epitelióide é um subtipo raro de sarcoma, sendo ainda menos usuais na região de cabeça a pescoço. Tem um comportamento clínico atípico comparado com os outros sarcomas. O tratamento cirúrgico consiste em ressecção alargada. Estes pacientes requerem um seguimento rigoroso para avaliação de recidiva local, regional à distância.
No conflict of interest has been declared by the author(s).
Contato:
Publication History
Article published online:
10 July 2025
© 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
Thieme Revinter Publicações Ltda.
Rua do Matoso 170, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20270-135, Brazil