CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2012; 31(02): 68-74
DOI: 10.1055/s-0038-1625662
Artigos Originais
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Análise pós-operatória tardia da artrodese por via posterior em pacientes ASIA/Frankel e com trauma raquimedular toracolombar em serviço universitário

Postoperative late analysis of posterior arthrodesis in patients ASIA/Frankel e with thoracolumbar spine trauma in university hospital
Tiago de Paiva Cavalcante
,
Siegfried Pimenta Kuehnitzsch
,
Emerson Oliveira Barbosa
,
Otacilio Moreira Guimarães
,
Gustavo Veloso Lages
,
George Santos dos Passos
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Publikationsverlauf

Publikationsdatum:
11. Januar 2018 (online)

Resumo

Objetivo: O propósito deste estudo foi avaliar retrospectivamente o tratamento cirúrgico de pacientes vítimas de trauma raquimedular desse segmento sem déficit neurológico, quanto à evolução da dor local e à deformidade cifótica local e regional do segmento acometido, em um serviço universitário. Método: Foram utilizados dados de prontuário e avaliações clínicas e radiológicas de 16 pacientes submetidos à artrodese pedicular por via posterior, no período de maio de 2003 a dezembro de 2006, operados há pelo menos dois anos. Resultados: A média de idade foi de 43,43 ± 11,44 anos e o nível mais acometido L1. O mecanismo principal do trauma foi queda de altura. Após realização de raios X em perfil e cálculo dos ângulos local sagital (ALS) e regional sagital (ARS), de pós-operatório precoce e tardio, não houve diferença estatisticamente significativa entre os dados obtidos, apesar da diminuição de -15,3° para -10,7° nas cifoses locais e do aumento de -13,7° para 15,9° nas cifoses regionais. Houve diferença estatística na avaliação de dor pela Escala Analógica de Dor (EAD), entre o pré-operatório e o pós-operatório tardio (maior que dois anos), com redução de quatro vezes da intensidade da dor entre os pacientes analisados (p < 0,05). Conclusão: A artrodese pela via posterior é uma proposta alternativa de tratamento quando se discute a dor desses pacientes. Fica a necessidade de abranger um número maior de pacientes com essa patologia, a fim de dispor dados mais fidedignos, respaldando o tratamento como uma alternativa viável no manejo de pacientes com fraturas toracolombares e neurologicamente intactos.

Abstract

Objective: The aim of this study was a retrospective valuation of surgical treatment of patients with spinal thoracolumbar spine without neurological deficit, for that local pain, local and regional kyphotic deformity at an university hospital. Method: There were used hospital datum from 16 operated patients and clinical and radiological evaluation submitted a pedicular screw instrumentation from May 2003 until December 2006, operated for at least 2 years. Results: The mean age was 43.43 ± 11.44 years and the most fractured level L1. The principal mechanism was height fall. After the x-rays realized and calculated the local sagittal angle and regional sagittal angle, there's no significative difference between them, despite the reduction of -15.3° to -10.7°, at local kyphosis and augmentation of -13.7° to 15.9° at regional kyphosis. There was statistics difference at pain evaluation using the Analogic Pain Scale, between the pre-operative and postoperative (beyond two years), with four times reduction of intensity pain among the analyzed patients (p < 0.05). Conclusion: The arthrodesis by posterior approach is an alternative proposal of treatment when discussing the pain of these patients. It is the need to include a larger number of patients with this pathology, in order to dispose more data reliable, endorsing the treatment as a viable alternative in the management of patients with thoracolumbar fractures and neurologically intact.

1Neurocirurgião da Fundação de Neurologia e Neurocirurgia – Instituto do Cérebro, Salvador, BA; ex-residente do Hospital Universitário Alzira Velano (HUAV), Alfenas, MG, Brasil.


2Neurocirurgião e ex-preceptor da residência de neurocirurgia do HUAV, Alfenas, MG, Brasil.


3Neurocirurgião chefe da residência de neurocirurgia do HUAV, Alfenas, MG, Brasil.


4Residente de neurocirurgia do HUAV, Alfenas, MG, Brasil.


5Acadêmico de medicina da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia, Brasil.