CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2012; 31(04): 240-244
DOI: 10.1055/s-0038-1625745
Artigos Originais
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Aneurismas associados à fenestração da artéria basilar: entidades raras submetidas a tratamento endovascular – Relato de casos e revisão da literatura

Aneurysms at fenestration basilar artery: rare entities submitted to endovascular treatment – Case report and literature review
Johnathan de Sousa Parreira
,
Adriano Torres Antonucci
,
Natally Marques Santiago
,
Roberto Parente Neto
,
Bruno de Azevedo Oliveira
,
Luiz Henrique Garcia Lopes
,
Adelmo Ferreira
,
Pedro Garcia Lopes
Further Information

Publication History

Publication Date:
11 January 2018 (online)

Resumo

Aneurismas da junção vertebrobasilar são raros e frequentemente associados com fenestração da artéria basilar. Estudos mostram que tal entidade representa entre 3% e 9% dos aneurismas infratentoriais e 7,4% dos aneurismas da circulação posterior, excluindo-se os aneurismas da bifurcação da basilar. A sua localização profunda, anterior ao tronco cerebral, e sua íntima relação com as artérias perfurantes tornam o tratamento cirúrgico um grande desafio. A fenestração foi mais comumente encontrada na metade inferior da basilar, situando-se na porção média quando as artérias vertebrais apresentam as mesmas dimensões ou encontradas do lado correspondente à artéria vertebral de maior calibre. Outras classificações para a fenestração da basilar foram propostas. De acordo com a mais utilizada, a fenestração pode ser considerada do tipo A quando apresentar dois pontos de bifurcação proximais, com uma artéria ponte associada e do tipo B quando apresentar bifurcação simples proximal ao sítio da fenestração. Tais aneurismas são de difícil caracterização pela angiografia digital convencional por apresentarem anatomia peculiar, sendo a angiografia em 3D o exame de escolha para a classificação da doença. As modernas técnicas endovasculares disponíveis na atualidade permitem o tratamento seguro mesmo de lesões altamente complexas.

Abstract

Aneurysms of the vertebrobasilar junction are rare and often associated with fenestration of the basilar artery. Studies show that such entity represents between 3% and 9% of infratentorial aneurysms and 7.4% of aneurysms of the posterior circulation excluding basilar bifurcation aneurysms. Its location deep, anterior to the brainstem and its intimate relationship with the perforating arteries, becomes surgical treatment a challenge. The fenestration was more commonly found in the lower half of the basilar, standing in the middle portion when the vertebral arteries have the same dimensions and found the corresponding side of the vertebral artery of larger caliber. Other ratings for fenestration of the basilar were proposed. According to these most used, the fenestration can be regarded as type A, when present two bifurcation points with a proximal artery associated bridge, and the type B when presenting simple bifurcation proximal to the site of fenestration. Such aneurysms are difficult to characterize by conventional digital angiography for presenting peculiar anatomy, 3D angiography is the exam of choice for disease classification. Modern endovascular techniques currently available allow for the safe treatment of even highly complex lesions.

1Neurocirurgião e ex-residente do Serviço de Neurocirurgia do Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, PR, Brasil.


2Residente do Serviço de Neurocirurgia do Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná da UEL, Londrina, PR, Brasil.


3Neurocirurgião e docente do Serviço de Neurocirurgia do Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná da UEL, Londrina, PR, Brasil.


4Neurocirurgião e chefe do Serviço de Neurocirurgia do Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná da UEL, Londrina, PR, Brasil.