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DOI: 10.1055/s-0038-1672541
Avaliação do grau de concordância terapêutica em fraturas cervicais subaxiais associadas à luxação ou à subluxação facetária
Publication History
Publication Date:
06 September 2018 (online)
Introdução: O traumatismo raquimedular (TRM) cervical é uma patologia frequentemente associada à luxação ou à subluxação facetária. Quando presente cursa com comprometimento radicular ou medular, cujo objetivo terapêutico visa ao realinhamento dos componentes vertebrais e posterior fixação por diferentes vias de abordagem.
Objetivo: Determinar o grau de concordância terapêutica entre cirurgiões de coluna quanto ao tratamento de fraturas cervicais subaxiais associadas à luxação e/ou subluxação.
Método: Selecionou-se retrospectivamente 15 casos consecutivos de fratura luxação cervical internados no Serviço de Neurocirurgia do Hospital Cristo Redentor entre janeiro 2015 e março 2018, cuja investigação pré-operatória continha exames de Tomografia Computadorizada (TC) e Ressonância Magnética (RM). Os casos foram enviados a nove cirurgiões de coluna para que estes informassem se a conduta escolhida seria artrodese via anterior, via posterior, artrodese anterior-posterior ou artrodese posterior-anterior. Para que os cirurgiões respondessem às perguntas, foi criada uma pasta no sistema GoogleDrive e disponibilizando-se o resumo da história clínica do paciente (idade, cinemática, queixa principal e exame neurológico) juntamente com as imagens de TC respectivas de casa caso. Após a resposta de todos os cirurgiões, os casos foram reordenados e disponibilizados apenas com a imagem de RM. Novamente, os cirurgiões foram solicitados a informar a conduta indicada em cada caso. O grau de concordância interobservador foi calculado com o Índice Kappa para as respostas da TC e da RM separadamente, e também comparou-se a concordância de cada avaliador relação a ele mesmo nas respostas informadas com base na TC e na RM para cada caso.
Resultados: Todos os cirurgiões de coluna convidados (9) responderam a ambos os questionários (30), obtendo-se 100% de respostas, gerando um total de 270 respostas. Analisando-se as respostas interobservadores com base na TC o grau de concordância foi de 0,001. Em relação às respostas da RM, o Índice Kappa foi de 0,13. Comparando-se as respostas de cada avaliador em relação a ele mesmo, mas com base na TC e na RNM, obteve-se um Índice Kappa de 0,089.
Conclusão: Não há padronização da conduta frente ao manejo cirúrgico de fraturas cervicais subaxiais associadas à luxação ou à subluxação quando o mesmo caso é analisado por diferentes cirurgiões de coluna, nem quando o mesmo cirurgião avalia o caso utilizando isoladamente imagens da TC ou da RM.