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CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672635
E-Poster – Functional
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Avaliação dos implantes de neuroestimuladores medular nas doenças medulares e síndromes pós-laminectomia

Giovanni Inácio Batista
1   Hospital Socor
,
Kássio Alencar Rodrigues
1   Hospital Socor
,
Bernardo Aramuni Mariano
2   Hospital Vera Cruz
,
Orlandil Donato Rocha
1   Hospital Socor
,
Felipe Bicalho Maluf
1   Hospital Socor
,
Fábio Santana Carvalho
2   Hospital Vera Cruz
,
Thiago Romie Franco
2   Hospital Vera Cruz
› Author Affiliations
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: Os implantes de neuroestimuladores medulares são uma ferramenta importante no controle algico dos pacientes que apresentam síndrome pós-laminectomia e patologias medulares traumáticas incompletas. Há grande redução do uso de opioides ou mesmo interrupção de sua utilização.

Objetivos: Avaliamos prospectivamente 59 casos de implantes de neuroestimuladores medulares em pacientes portadores de síndrome pós-laminectomia, incluindo radiculopatia e dor medular. Analisamos a escala analógica visual (EAV) pré e pós-operatoria.

Metodologia: Entre fevereiro 2007 e abril de 2018, realizamos 59 implantes de neuroestimulador medular e analisamos os resultados. Em 55 casos implantados foram para síndrome pós-laminectomia lombar com predomínio da dor crural (70%), três casos para dor medular cervical pós-traumática, um caso para aracnoidite adesiva. Em 14 casos de síndrome pós-laminectomia realizamos implante de eletrodo por punção. Em 41 casos da mesma síndrome, realizamos implante por laminectomia. Avaliamos as respostas através da analise da escala visual analógica (EAV) pré e pós-operatória.

Resultados: Nas síndromes pós-laminectomia houve melhora significativa da dor lombar e crural com redução da EAV média de 8 para 3 em 50 casos. Destes, a principal melhora foi a dor neuropática crural (80%). Nas mielopatias cervicais pós-traumáticas o EAV caiu de 7 para 3. Na aracnoidite adesiva a melhora foi pouco significativa 7 para 5 na EAV. Nos pacientes cujos implantes foram por via percutânea, houve 7 casos de migração dos eletrodos que necessitaram de reposicionamento. Tivemos uma complicação grave no P.O. imediato com déficit motor em membro infeior direito, com necessidade de reabordagem imediata no implante de eletrodo por laminectomia.

Conclusões: Nas síndromes pós-laminectomia, os implantes de neuroestimulador medular apresentam boas respostas clínicas no controle da dor neuropática, principalmente a cruralgia. Entre os eletrodos implantados por punção obtivemos uma taxa significativa de complicações do tipo migração.