CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672897
E-Poster – Oncology
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Sarcoma indiferenciado induzido por radioterapia em paciente com oligodendroglioma: relato de caso

Paulo Augusto Souza Lara Leão
1   Hospital de Base do Distrito Federal
2   Hospital Universitário de Brasília
,
Milene Lacerda Macedo Falcão Hora
1   Hospital de Base do Distrito Federal
2   Hospital Universitário de Brasília
,
Antônio Jorge Barbosa de Oliveira
1   Hospital de Base do Distrito Federal
2   Hospital Universitário de Brasília
,
Marcelle Rehem Machado
1   Hospital de Base do Distrito Federal
2   Hospital Universitário de Brasília
,
Rebeca Alevato Donadon
1   Hospital de Base do Distrito Federal
2   Hospital Universitário de Brasília
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Publikationsverlauf

Publikationsdatum:
06. September 2018 (online)

 

Introdução: Nesse trabalho iremos relatar o caso de um paciente do sexo masculino, 42 anos. Há 13 anos apresentou quadro de crises convulsivas e cefaleia, sendo observado na RM de crânio a presença de lesão frontal a esquerda. Realizado GTR da lesão, tendo diagnóstico de Oligodendroglioma grau II (WHO). Realizou radioterapia por um período de 40 dias, na dose de 60 Gy. Há 5 anos observou-se abaulamento em região parietal a direita próximo à linha média, associado a cefaleia. RM de crânio demonstrando lesão óssea frontal de aspecto irregular apresentando componente intracraniano, causando leve edema do parênquima do lobo frontal adjacente e invasão do seio sagital superior.

Método: Foi submetido a ressecção total da lesão e reconstrução com cranioplastia e retalho. Histologia da lesão foi compatível com Sarcoma Indiferenciado. Paciente evoluiu bem no pós-operatório. Está com bom controle oncológico, sem recidiva após 5 anos. Sarcoma radioinduzido é uma complicação tardia e rara nos tratamentos com radioterapia, tendo uma incidência reportada de 0.03% a 0.2% em 5 anos. Além disso, possui um prognóstico pior que a forma esporádica, com sobrevida global em cinco anos em torno de 10% a 30%. Os mais comuns são o sarcoma indiferenciado, angiossarcoma, fibrossarcoma e leiomiossarcoma. O período de latência entre o início da radioterapia e o aparecimento da lesão pode variar, sendo a média de 12 anos A ressecção cirúrgica é essencial, sendo necessário obter margens livres sempre que possível.

Conclusão: Assim, relatamos o caso de um paciente com uma complicação rara e bom desfecho em 5 anos. Portanto, importante se atentar para essa complicação e da necessidade do diagnóstico precoce para possibilitar uma ressecção completa, segura e com bom desfecho.