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DOI: 10.1055/s-0038-1672897
Sarcoma indiferenciado induzido por radioterapia em paciente com oligodendroglioma: relato de caso
Publikationsverlauf
Publikationsdatum:
06. September 2018 (online)
Introdução: Nesse trabalho iremos relatar o caso de um paciente do sexo masculino, 42 anos. Há 13 anos apresentou quadro de crises convulsivas e cefaleia, sendo observado na RM de crânio a presença de lesão frontal a esquerda. Realizado GTR da lesão, tendo diagnóstico de Oligodendroglioma grau II (WHO). Realizou radioterapia por um período de 40 dias, na dose de 60 Gy. Há 5 anos observou-se abaulamento em região parietal a direita próximo à linha média, associado a cefaleia. RM de crânio demonstrando lesão óssea frontal de aspecto irregular apresentando componente intracraniano, causando leve edema do parênquima do lobo frontal adjacente e invasão do seio sagital superior.
Método: Foi submetido a ressecção total da lesão e reconstrução com cranioplastia e retalho. Histologia da lesão foi compatível com Sarcoma Indiferenciado. Paciente evoluiu bem no pós-operatório. Está com bom controle oncológico, sem recidiva após 5 anos. Sarcoma radioinduzido é uma complicação tardia e rara nos tratamentos com radioterapia, tendo uma incidência reportada de 0.03% a 0.2% em 5 anos. Além disso, possui um prognóstico pior que a forma esporádica, com sobrevida global em cinco anos em torno de 10% a 30%. Os mais comuns são o sarcoma indiferenciado, angiossarcoma, fibrossarcoma e leiomiossarcoma. O período de latência entre o início da radioterapia e o aparecimento da lesão pode variar, sendo a média de 12 anos A ressecção cirúrgica é essencial, sendo necessário obter margens livres sempre que possível.
Conclusão: Assim, relatamos o caso de um paciente com uma complicação rara e bom desfecho em 5 anos. Portanto, importante se atentar para essa complicação e da necessidade do diagnóstico precoce para possibilitar uma ressecção completa, segura e com bom desfecho.