CC BY 4.0 · Rev Bras Ginecol Obstet 2022; 44(03): 258-263
DOI: 10.1055/s-0042-1742407
Original Article
Transgender

Characteristics of a Population with Gender Incongruence Assisted at a Specialized Outpatient Service in the City of Ribeirão Preto

Características de uma população com incongruência de gênero assistida em ambulatório especializado em Ribeirão Preto
1   Human Reproduction Division, Department of Gynecology and Obstetrics, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brazil
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1   Human Reproduction Division, Department of Gynecology and Obstetrics, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brazil
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1   Human Reproduction Division, Department of Gynecology and Obstetrics, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brazil
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1   Human Reproduction Division, Department of Gynecology and Obstetrics, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brazil
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2   Department of Tocogynecology, Faculdade de Ciências Medicas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brazil
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1   Human Reproduction Division, Department of Gynecology and Obstetrics, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brazil
› Author Affiliations

Abstract

Objective To identify the age when individuals first perceive gender incongruence (GI) and to compare sociodemographic data of female-to-male (FtM) and male-to-female (MtF) transgender individuals assisted at an outpatient service.

Methods The present cross-sectional study was conducted through a review of the medical records of individuals diagnosed with GI at a single specialized outpatient service in the city of Ribeirão Preto, state of São Paulo, Brazil.

Results A total of 193 medical records from 2010 to 2018 were evaluated, and 109 (56.5%) patients had GI since childhood. The FtM transgender individuals perceived GI in childhood more often than the MtF transgender individuals (odds ratio [OR]: 2.06, 95% confidence interval [95%CI]: 1.11–3.81) Unattended hormone use was highest among the MtF group (69.6% versus 32.3%; OR: 4.78, 95%CI: 2.53–9.03). All of the individuals who were engaged in prostitution or were diagnosed with a sexually-transmitted infection, including HIV, were in the MtF group.

Conclusion Despite the more prevalent perception of GI in childhood among the FtM group, social issues were more prevalent among the MtF group, which may be the result of social marginalization.

Resumo

Objetivo Identificar o período da vida em que indivíduos indentificaram pela primeira vez sua incongruência de gênero (IG), e comparar os dados sociodemográficos de homens e mulheres transgêneros (trans) atendidos em um ambulatório.

Métodos Estudo transversal realizado por meio de revisão dos prontuários de pessoas com IG em ambulatório especializado de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil.

Resultados Foram avaliados 193 prontuários de 2010 a 2018, e 109 (56.5%) pacientes apresentavam IG desde a infância. Homens trans perceberam a IG na infância com mais frequência do que as mulheres trans (razão de probabilidades [RP]: 2.06, intervalo de confiança de 95% [IC95%]: 1.11–3.81). O uso de hormônio sem supervisão foi maior entre as mulheres trans (69.6% versus 32.3%; RP: 4.78; IC95%: 2.53–9.03). Todos as pessoas que estavam inseridas na prostituição ou que apresentavam algum diagnóstico de infecção sexualmente transmissível, incluindo o HIV, eram mulheres trans.

Conclusão Apesar da percepção mais prevalente da IG na infância entre homens trans, os agravos sociais foram mais prevalentes entre as mulheres trans, o que pode ser resultado da marginalização social.

Contributions

All authors have contributed to the conception, design, data collection, analysis and interpretation, writing and final approval of the version of the manuscript to be published.




Publication History

Received: 11 January 2021

Accepted: 19 October 2021

Article published online:
09 February 2022

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