CC BY-NC-ND 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2023; 58(03): 507-513
DOI: 10.1055/s-0042-1756326
Artigo Original
Quadril

Fratura da cabeça femoral de tipo II de Pipkin: Avaliação biomecânica pelo método de elementos finitos[*]

Article in several languages: português | English
1   Hospital Regional do Gama, Brasília, Distrito Federal, Brasil
2   Departamento de Ortopedia, Instituto de Pesquisa e Ensino, Hospital Ortopédico e Medicina Especializada (IPE-HOME), Brasília, Distrito Federal, Brasil
,
1   Hospital Regional do Gama, Brasília, Distrito Federal, Brasil
,
2   Departamento de Ortopedia, Instituto de Pesquisa e Ensino, Hospital Ortopédico e Medicina Especializada (IPE-HOME), Brasília, Distrito Federal, Brasil
,
3   Departamento de Ortopedia e Anestesiologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (FMRP-USP), Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
,
4   Departamento do Aparelho Locomotor, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
,
5   Serviço de Ortopedia e Traumatologia Nova Monteiro, Hospital Municipal Miguel Couto, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
› Author Affiliations

Resumo

Objetivo Avaliar a capacidade biomecânica de duas formas de fixação de fraturas tipo II de Pipkin descrevendo o desvio da fratura no sentido vertical, as tensões máxima e mínima principais, e a tensão equivalente de Von Mises nas sínteses utilizadas.

Materiais e Métodos Dois fixadores internos foram desenvolvidos para tratar a fratura tipo II de Pipkin por meio de elementos finitos: parafuso cortical de 3,5 mm e parafuso de Herbert. Sob as mesmas condições, foram avaliados o desvio da fratura no sentido vertical, as tensões máxima e mínima principais, e a tensão equivalente de Von Mises nas sínteses utilizadas.

Resultados Os deslocamentos verticais avaliados foram de 1,5 mm e 0,5 mm. Os valores de tensão máxima obtidos na região superior do colo femoral foram de 9,7 KPa e 1,3 KPa, e os valores de tensão mínima obtidos na região inferior do colo femoral foram de -8,7KPa e -9,3 KPa. Por fim, os valores de pico da tensão equivalente de Von Mises foram de 7,2 GPa e 2,0 GPa para os modelos de fixação com o uso do parafuso cortical de 3,5 mm e do parafuso de Herbert, respectivamente.

Conclusão O sistema de fixação com parafuso de Herbert gerou os melhores resultados em termos de redução do deslocamento vertical, distribuição da tensão máxima e do pico da tensão equivalente de Von Mises, o que demonstra sua superioridade mecânica comparada à do parafuso cortical de 3,5 mm no tratamento da fratura tipo II de Pipkin.

Suporte Financeiro

Os autores declaram que não receberam apoio financeiro de fontes públicas, comerciais, ou sem fins lucrativos para a realização deste estudo.


* Trabalho desenvolvido no Instituto de Pesquisa e Ensino, Hospital Ortopédico e Medicina Especializada (IPE-HOME), Brasília, Distrito Federal, Brasil.




Publication History

Received: 16 January 2022

Accepted: 26 July 2022

Article published online:
03 October 2022

© 2022. Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. This is an open access article published by Thieme under the terms of the Creative Commons Attribution-NonDerivative-NonCommercial License, permitting copying and reproduction so long as the original work is given appropriate credit. Contents may not be used for commercial purposes, or adapted, remixed, transformed or built upon. (https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)

Thieme Revinter Publicações Ltda.
Rua do Matoso 170, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20270-135, Brazil

 
  • Referências

  • 1 Butler JE. Pipkin Type-II fractures of the femoral head. J Bone Joint Surg Am 1981; 63 (08) 1292-1296
  • 2 Uzel AP, Laflamme GY, Rouvillain JL. Irreducible Pipkin II femoral head fractures: Is transgluteal approach the best strategy?. Orthop Traumatol Surg Res 2010; 96 (06) 695-701
  • 3 Wang CG, Li YM, Zhang HF, Li H, Li ZJ. Anterior approach versus posterior approach for Pipkin I and II femoral head fractures: A systemic review and meta-analysis. Int J Surg 2016; 27: 176-181
  • 4 Romeo NM, Firoozabadi R. Classifications in Brief: The Pipkin Classification of Femoral Head Fractures. Clin Orthop Relat Res 2018; 476 (05) 1114-1119
  • 5 Giannoudis PV, Kontakis G, Christoforakis Z, Akula M, Tosounidis T, Koutras C. Management, complications and clinical results of femoral head fractures. Injury 2009; 40 (12) 1245-1251
  • 6 Pipkin G. Treatment of grade IV fracture-dislocation of the hip. J Bone Joint Surg Am 1957; 39-A (05) 1027-1042 , passim
  • 7 Kim JW, Kim JH. Updates on Treatment of Femoral Head Fractures. J Korean Orthop Assoc 2015; 50 (03) 171-177
  • 8 Zaizi A, Benomar HA, Fekhaoui MR, Grimi T, Boufettal M, Berrada MS. Bilateral posterior hip dislocation associated with right Pipkin II fracture: A case report. Int J Surg Case Rep 2019; 61: 103-106
  • 9 Scolaro JA, Marecek G, Firoozabadi R, Krieg JC, Routt MLC. Management and radiographic outcomes of femoral head fractures. J Orthop Traumatol 2017; 18 (03) 235-241
  • 10 Murray P, McGee HM, Mulvihill N. Fixation of femoral head fractures using the Herbert screw. Injury 1988; 19 (03) 220-221
  • 11 Wang J, Cai L, Xie L, Chen H, Guo X, Yu K. 3D printing-based Ganz approach for treatment of femoral head fractures: a prospective analysis. J Orthop Surg Res 2019; 14 (01) 338
  • 12 Stannard JP, Harris HW, Volgas DA, Alonso JE. Functional outcome of patients with femoral head fractures associated with hip dislocations. Clin Orthop Relat Res 2000; (377) 44-56
  • 13 Samsami S, Saberi S, Sadighi S, Rouhi G. Comparison of Three Fixation Methods for Femoral Neck Fracture in Young Adults: Experimental and Numerical Investigations. J Med Biol Eng 2015; 35 (05) 566-579
  • 14 Noda M, Saegusa Y, Takahashi M, Tezuka D, Adachi K, Naoi K. Biomechanical Study Using the Finite Element Method of Internal Fixation in Pauwels Type III Vertical Femoral Neck Fractures. Arch Trauma Res 2015; 4 (03) e23167
  • 15 Radcliffe IA, Taylor M. Investigation into the effect of varus-valgus orientation on load transfer in the resurfaced femoral head: a multi-femur finite element analysis. Clin Biomech (Bristol, Avon) 2007; 22 (07) 780-786