Open Access
CC BY-NC-ND 4.0 · Journal of Coloproctology 2022; 42(S 01): S1-S219
DOI: 10.1055/s-0043-1764997
Temas gerais dentro da especialidade
ID – 114167
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TREINAMENTO DA LINFADENECTOMIA PÉLVICA LATERAL EM MODELO ANIMAL SUÍNO: PADRONIZAÇÃO BASEADA NOS ESPAÇOS FASCIAIS E DAS FÁSCIAS ENDOPÉLVICAS

Authors

  • Luis Claudio Pandini

    1   Centro de Videolaparoscopia de Araçatuba, Araçatuba, SP, Brasil
  • Rafael Vaz Pandini

    2   Hospiral Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil
  • Antonino Spinelli

    3   Hospital Humanitas
 

Introdução O tratamento cirúrgico padrão-ouro para o câncer de reto é a excisão total do mesorreto (ETM); contudo, estudos recentes feitos têm demostrado que a quimiorradioterapia neoadjuvante associada à ETM, em determinados casos, não é suficiente para tratar pacientes com linfonodos pélvicos laterais com suspeita de acometimento metastático, e estes pacientes apresentam uma maior taxa de recidiva local. Portanto, o interesse dos cirurgiões pela linfadenectomia pélvica lateral (LPL) para o controle da doença para a diminuição da recidiva local/lateral tem crescido. A insegurança com a falta de familiaridade da anatomia pélvica lateral, a falta de treinamento adequado e a falta de uma padronização do procedimento são as principais dificuldades enfrentadas pelo cirurgião. Para tentar solucionar estes problemas, o modelo animal é de extremo valor, e este treinamento é corroborado com a nossa experiência no ensino da cirurgia laparoscópica utilizando suínos por quase três décadas.

Objetivo Propor uma padronização de treinamento da linfadenectomia pélvica lateral em suínos baseada nos espaços fasciais e nas fáscias uretero-hipogástrica e vesico-hipogástrica, semelhante à padronização proposta em humanos.

Materiais e Métodos O treinamento em suínos segue as recomendações da comissão de ética e uso em animais. A padronização segue um passo a passo para a dissecção dos três espaços avasculares e para o preparo do campo operatório para a ressecção dos linfonodos. O ureter é a referência anatômica para a dissecção da fáscia uretero-hipogástrica e da face medial da fáscia vesico-hipogástrica para a dissecção do primeiro espaço (medial). A dissecção do segundo espaço utiliza a artéria umbilical como referência a anatômica. O músculo psoas e músculo obturador interno são as referências para a dissecção do terceiro espaço (lateral), em que o nervo obturador é localizado na fossa obturadora. Os linfonodos obturador, da artéria e da veia ilíaca interna são dissecados até o canal do pudendo na musculatura pélvica.

Conclusão Neste modelo de treinamento, a padronização da linfadenectomia pélvica lateral utilizando os espaços fasciais e as fáscias uretero-hipogástrica e vesico-hipogástrica simula de forma muito satisfatória a mesma técnica proposta para humanos, com identificação da anatomia pélvica lateral, promove uma dissecção fina, delicada e segura das estruturas vasculares, nervosas e linfonodais, e serve como opção de treinamento para cirurgiões oncológicos colorretais.



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Artikel online veröffentlicht:
16. März 2023

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