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DOI: 10.1055/s-0044-1780925
CÂNCER COLORRETAL: ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO TRANSVERSAL E RETROSPECTIVO NO ESTADO DA BAHIA
Authors
maalucostaf@gmail.com
Introdução As neoplasias colorretais representam o quarto tipo mais frequente de câncer no Brasil. A prevenção primária, com estratégias de promoção da saúde direcionadas para a adoção de alimentação equilibrada e hábitos saudáveis, bem como a prevenção secundária, centrada na detecção precoce, são as principais formas de intervenção para a redução da incidência da doença.
Objetivo Traçar o perfil epidemiológico das neoplasias malignas de cólon e reto de 2013 a 2022 no estado da Bahia e comparar os dados encontrados com os da Região Nordeste.
Materiais e Métodos Estudo transversal e retrospectivo de dados epidemiológicos referentes ao período de 2013 a 2022 adquiridos no Painel-Oncologia – BRASIL pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), no qual foram avaliadas as variáveis de diagnóstico, sexo, faixa etária, idade e estadiamento.
Resultados Entre 2013 e 2022, houve na Bahia (BA) um aumento no número de casos de 186%, e no Nordeste (NE), de 154%, que se deu de forma gradual e progressiva em ambos os casos. O público feminino se manteve com a maior incidência durante esses anos, tanto na BA (55%) quanto no NE (53%). Na BA e no NE, a quantidade de diagnósticos foi maior entre os pacientes com idades entre 50 e 74 anos, com destaque para faixa etária dos 60 aos 64 anos, com 1.181 casos na BA e 5.011 casos no NE. As idades com maior número de casos foram 63 anos (259) na BA e 65 anos (1.043) no NE. A maioria dos diagnósticos foi classificada no estágio 3 no NE (9.469) e na BA (2.474), correspondendo a 25% e 29% dos casos, respectivamente.
Conclusão Entre 2013 e 2022, BA e NE seguiram padrões semelhantes de crescimento e de distribuição dos casos de câncer colorretal. Destacaram-se a maior incidência em mulheres, e o predomínio de diagnósticos em pacientes na faixa etária dos 60 aos 64 anos e em estágio 3. Em contrapartida, aos relatos na literatura, em que o sexo masculino apresenta maior morbidade quanto ao câncer colorretal, na BA e NE o sexo feminino representa o grupo majoritário, o que evidencia a importância da análise epidemiológica para definir prioridades de atuação e de alocamento de recursos para a prevenção da doença e a promoção da saúde com enfoque em particularidades locorregionais.
Publication History
Article published online:
27 February 2024
© 2024. Sociedade Brasileira de Coloproctologia. This is an open access article published by Thieme under the terms of the Creative Commons Attribution-NonDerivative-NonCommercial License, permitting copying and reproduction so long as the original work is given appropriate credit. Contents may not be used for commecial purposes, or adapted, remixed, transformed or built upon. (https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)
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