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DOI: 10.1055/s-0044-1781143
RETOSSIGMOIDECTOMIA PERINEAL À ALTEMEIER COMO ALTERNATIVA PARA TRATAMENTO DE PROLAPSO RETAL ENCARCERADO: RELATO DE CASO
izacklduarte@gmail.com
Apresentação do Caso Um paciente do sexo masculino, de 45 anos, chegou ao serviço com relato de hematoquezia havia 24 horas, e referia episódios anteriores, além de protrusão do reto através do ânus. Ao exame proctológico, tentou-se redução manual sem êxito, e se estabeleceu o diagnóstico de prolapso retal encarcerado, que, no adulto, implica conduta cirúrgica. Inicialmente, optou-se por retopexia ventral por laparotomia; contudo, devido à dificuldade de redução do reto para a cavidade abdominal, prosseguiu-se com conversão cirúrgica para retossigmoidectomia perineal à Altemeier. A incisão foi realizada com margem de 1 cm da linha pectínea, posterior abertura das camadas do reto e gordura mesorretal, seguidas de dissecção do septo retoperineal e abertura do peritônio. Realizaram-se a exteriorização de 30 cm do retossigmoide, ligadura e tratamento do mesocólon, secção do cólon e retirada da peça; por fim, concluiu-se com anastomose coloanal. O paciente apresentou boa evolução pós-operatória, teve alta hospitalar no quinto dia, e atualmente segue sem recidiva da doença.
Discussão O prolapso retal é definido como uma protrusão do reto através do ânus; quando se apresenta irredutível ou encarcerado, consiste em uma emergência cirúrgica, que pode resultar em isquemia e necrose. Por apresentar etiologia multifatorial, algumas variáveis, como constipação crônica, fezes sanguinolentas, idade avançada, sexo feminino, multiparidade, histórico de cirurgia pélvica e distúrbios neurológicos ou do assoalho pélvico, podem ser consideradas condições predisponentes. Nos adultos, o prolapso é geralmente completo e requer tratamento cirúrgico. Embora existam mais de cem técnicas operatórias para manejar essa condição, nos casos de estrangulamento e encarceramento essas possibilidades são limitadas. O prolapso retal encarcerado é uma condição rara, que se apresenta em menos de 1% dos pacientes acometidos com prolapso retal completo, e tem relação com sintomas de longa duração. Diante desse contexto, a retossigmoidectomia perineal à Altemeier mostrou resultados satisfatórios, além de baixa morbimortalidade.
Comentários Finais Diante do exposto, é importante destacar a importância da rapidez na condução de um prolapso retal encarcerado, para que seja evitada isquemia e, consequentemente, necrose. A técnica cirúrgica selecionada proporciona resultado satisfatório, mas com chance de recorrência em longo prazo, tendo o paciente em questão apresentado evolução satisfatória.
Publikationsverlauf
Artikel online veröffentlicht:
27. Februar 2024
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