Open Access
CC BY-NC-ND 4.0 · Journal of Coloproctology 2023; 43(S 01): S1-S270
DOI: 10.1055/s-0044-1781204
Modalidade de apresentação: Apresentação Oral
Fisiologia Anorretocólica

MORBIDADE E FUNÇÃO ANORRETAL EM PACIENTES SUBMETIDOS AO ABAIXAMENTO ENDOANAL

Authors

  • Lucas Moreto Betini

    1   Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo –SP, Brasil.
  • Bruno Henrique Nunes Hirata

  • Fernanda Bellotti Formiga

  • Louisie Galantini Lana de Godoy

  • Gabriela de Carvalho Simões da Fonseca

  • Aline Celeghini Rosa Vicente da Frota

  • Natália Ferreira Cardoso de Oliveira

  • Fang Chia Bin

 

lucasmbetini@gmail.com

Introdução A cirurgia de abaixamento endoanal com anastomose coloanal por acolamento tem sido questionada por sua elevada morbidade e função anorretal precária. Múltiplas técnicas são realizadas, todas com a mesma preocupação, a manutenção da integridade anatômica e da fisiologia quando opta-se pela preservação do aparelho esfincteriano. O questionamento leva alguns cirurgiões a preferir a colostomia definitiva.

Objetivos Estudar morbidades e a função anorretal de pacientes submetidos a cirurgia de abaixamento com anastomose coloanal por acolamento.

Materiais e Métodos Análise das complicações pós-operatórias precoces (ocorridas antes dos 30 dias) e tardias (ocorridas no período de seguimento) e avaliação do resultado funcional, que foi feita entre 6 e 54 meses de pós-operatório, utilizando os seguintes instrumentos: manometria anorretal, escala de incontinência descrita por Wexner e questionário de qualidade de vida de Yusuf et al. (validação do questionário FiQL, que se relaciona ao SF-36, questionário genérico de qualidade de vida).

Resultados Avaliamos os resultados de cinco pacientes operados em 5 anos. Houve 1 caso de deiscência parcial de anastomose com infecção de tecidos perianais, identificado no primeiro retorno ambulatorial (complicação precoce), e resolvido com 14 dias de antibioticoterapia, 3 casos de estenose da anastomose, 2 deles resolvidos com dilatações digitais no ambulatório, e o terceiro, com estenoplastia anal cirúrgica. De acordo com a escala de Wexner, havia 1 paciente com incontinência anal (IA) moderada e 4 (80%) com IA leve. Os achados de manometria foram normais em 60% da amostra. Em relação à qualidade de vida, a média de nossos pacientes foi de 13,16 em comparação com as médias de pacientes cronicamente constipados (14,9), francamente incontinentes (8,4) e pacientes considerados normais(15,9).

Conclusão A baixa morbidade e o resultado funcional satisfatório desses pacientes leva a acreditar que existe benefício em casos bem selecionados; contudo é uma casuística pequena, e necessita-se de um maior número de pacientes.



Publication History

Article published online:
27 February 2024

© 2024. Sociedade Brasileira de Coloproctologia. This is an open access article published by Thieme under the terms of the Creative Commons Attribution-NonDerivative-NonCommercial License, permitting copying and reproduction so long as the original work is given appropriate credit. Contents may not be used for commecial purposes, or adapted, remixed, transformed or built upon. (https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)

Thieme Revinter Publicações Ltda.
Rua do Matoso 170, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20270-135, Brazil