Open Access
CC BY-NC-ND 4.0 · Journal of Coloproctology 2023; 43(S 01): S1-S270
DOI: 10.1055/s-0044-1781222
Modalidade de apresentação: Pôster Eletrônico
Fisiologia Anorretocólica

RETALHO DE MARTIUS NO TRATAMENTO DE FÍSTULA RETOVAGINAL: RELATO DE CASO

Rodrigo Gomes da Silva
1   Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte – MG, Brasil.
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Renato Gomes Campanati
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Bernardo Hanan
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Magda Maria Profeta da Luz
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Luiza Rogério
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Gabriela Gomes da Silva
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Cleo Gonçalves Trindade Ribeiro
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Jaqueline Dal Forno Domenighi
› Institutsangaben
 

rodrigogsilva70@gmail.com

Apresentação As fístulas retovaginais trazem um grande prejuízo à qualidade de vida das pacientes. Sua etiologia é variada, tendo como principal causa a obstétrica (partos prolongados, lacerações, alterações na cicatrização, lesão não identificada inicialmente), seguida da doença de Crohn, radioterapia, alterações após cirurgias oncológicas ou evolução de tumores na pelve (ginecológicos, de reto). Tendo em vista a complexidade dos casos e o impacto negativo na qualidade de vida, o estudo de formas de correção adequadas faz-se necessário.

Discussão Relatamos um caso clínico de uma paciente jovem em puerpério, cerca de oito semanas após o parto, com trauma obstétrico com correção primária inicial, porém sem resolução, que foi submetida a novo procedimento cirúrgico. Foi então indicada a correção cirúrgica do defeito com o retalho de Martius, que consiste na interposição do tecido fibroadiposo do grande lábio na topografia do músculo bulbocavernoso, conforme descrito por Henrich Martius. A técnica cirúrgica clássica consiste na incisão e dissecção do grande lábio, tendo o cuidado de preservar o pedículo vascular na sua porção inferior. Prossegue com a criação de um túnel no tecido subcutâneo ligando o local do retalho até o defeito retovaginal. Neste local é trazido o retalho e, posteriormente, realizado o fechamento do defeito com o tecido viável interposto. Não foi realizado desvio de trânsito intestinal.

Comentários Finais Por fim, a apresentação do caso clínico e a sua resolução demonstram que o retalho de Martius constitui uma técnica segura para correção de defeitos retovaginais. Portanto, trata-se de procedimento de baixa morbidade e, tecnicamente, de fácil reprodução, e com resultado positivo na resolução de sintomas e na reconstituição da anatomia original.



Publikationsverlauf

Artikel online veröffentlicht:
27. Februar 2024

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