Open Access
CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-84
DOI: 10.1055/s-0044-1796696
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TEMÁRIO: PULMÃO

ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM CÂNCER DE PULMÃO METASTÁTICO DE ACORDO COM A PRESENÇA DE MUTAÇÕES MOLECULARES E RESPOSTA À TERAPIA

Authors

  • João Gabriel Silva Lemes

    1   PRINCESS MARGARET CANCER CENTRE
  • Catherine Labbé

    1   PRINCESS MARGARET CANCER CENTRE
  • Yvonne Leung

    1   PRINCESS MARGARET CANCER CENTRE
  • Erin Stewart

    1   PRINCESS MARGARET CANCER CENTRE
  • Catherine Brown

    1   PRINCESS MARGARET CANCER CENTRE
  • Devalben Patel

    1   PRINCESS MARGARET CANCER CENTRE
  • Frances Shepherd

    1   PRINCESS MARGARET CANCER CENTRE
  • Hiten Naik

    1   PRINCESS MARGARET CANCER CENTRE
  • Doris Howell

    1   PRINCESS MARGARET CANCER CENTRE
  • Geoffrey Liu

    1   PRINCESS MARGARET CANCER CENTRE

Introdução: Na era da terapia alvo oncológica, a análise do valor clínico e farmacoeconômico do uso de novas terapias é possível através do uso de scores para avaliação da qualidade de vida dos pacientes. Objetivo: Determinar a qualidade de vida proporcionada por diferentes formas de tratamento farmacológico do câncer de pulmão metastático. Método: Através de um estudo de coorte, 475 pacientes com câncer de pulmão metastático em diversos estágios da doença, atendidos no Princess Margaret Cancer Centre (Toronto, CA), tiveram sua qualidade de vida (QV) avaliada pelo questionário EQ5D-3L, em um total de 1571 avaliações (valor máximo de QV: “1”). Efeitos colaterais dos tratamentos utilizados foram avaliados pelo questionário PRO-CTCAE. Os pacientes foram divididos em quatro grupos de acordo com o tipo de câncer de pulmão e presença de mutações driver: 1. Pacientes EGFR+ (n=183) 2. Pacientes ALK+ (n=38) 3. Pacientes com câncer de pulmão pequenas células EGFR-e ALK - (CPPC) (n=30) 4. Pacientes com câncer de pulmão não pequenas células EGFR-e ALK - (CPNPC) (n=224). Resultados: Comparando pacientes estáveis na terapia mais apropriada, a QV média dos grupos em uso de inibidores de tirosina quinase (ITQ), EGFR + e ALK+, respectivamente de 0.81 e 0.82, foi superior à dos grupos que utilizaram quimioterapia convencional (CPPC e CPNPC), respectivamente 0.72 (p=0.06) e 0.78 (p=0.04). Quando comparada a QV entre os diversos estágios da doença dentro do mesmo grupo, observou-se que a estabilidade no tratamento mais apropriado resultou em uma QV maior (p<0.01) do que na situação de doença progressiva sem estabilidade no tratamento mais apropriado (QV: EGFR+ 0.7; ALK+ 0.69; CPNPC 0.66; CPPC 0.52). Avaliando os efeitos colaterais do tratamento, observou-se relação inversa entre os sintomas “severidade da fadiga” e “redução do apetite” e a QV em pacientes do grupo EGFR+ (p<0.01). Além disso, uma significativa relação inversa entre o número total de sintomas com intensidade clinicamente relevante e a QV dos pacientes foi observada nos grupos EGFR+ (p=0.01) e CPNPC (p=0.055). Conclusão: A qualidade de vida de pacientes com câncer de pulmão metastático é maior naqueles que carregam mutações “driver” e estão em uso de terapia alvo de modo estável. Isto é parcialmente explicado pela diferença na toxicidade do tratamento de acordo com a intensidade dos efeitos colaterais. Estas diferenças devem ser levadas em consideração na análise farmacoeconómica do uso da terapia alvo.



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10. Juli 2025

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