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CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-84
DOI: 10.1055/s-0044-1796724
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TEMÁRIO: PULMÃO

IMPACTO DA QUIMIOTERAPIA NEOADJUVANTE NO TRATAMENTO DE PACIENTES COM TIMOMA: UM ESTUDO RETROSPECTIVO

Mariana Lopes Zanatta
1   UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
,
Ligia Traldi Macedo
1   UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
,
Rafael Ricardo da Silva Miranda Zapata
1   UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
,
Vitor Teixeira Liutti
1   UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
,
Mayra Calil Jorge
1   UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
,
Gustavo Vasili Lucas
1   UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
,
Carmen Silvia Passos Lima
1   UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
› Author Affiliations

Introdução: os timomas são tumores torácicos hete-rogêneos e raros, que correspondem a 20% das massas mediastinais e apresentam incidência anual de 1,3 - 3,2 casos por 1.000.000 habitantes. Histologicamente são dividos em A, AB, B1, B2, B3 e carcinoma tímico, levando em conta o predomínio celular (células epite-liais ou linfócitos). Já a classificação de Massaoka leva em consideração o acometimento da cápsula e invasão de estruturas vizinhas. Objetivo: avaliar os aspectos clinicopatológicos e a sobrevida de pacientes com timoma ou carcinoma tímico do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas. Método: foram coletados dados de 32 pacientes com diagnóstico de timoma ou carcinoma tímico atendidos de 01/01/2000 à 21/10/2016.Os pacientes foram tratados com ressecção cirúrgica do tumor, sempre que possível (critério do cirurgião). Quimioterapia neoadjuvante com adria-micina, iclofosfamida, vincristina e cisplatina (ADOC) ou cisplatina e etoposideo, foi indicada para pacientes que eram considerados com doença local irresecável. A so-brevida global foi calculada usando método de Kaplan-Meier. Resultados: os pacientes eram em sua grande maioria da raça branca, sendo 50% do sexo masculino e 50% do sexo feminino. O timoma tipo B1 foi a histologia mais prevalente (28,1%) seguida do subtipo AB (21,9%) Quanto à classificação de Massaoka, o estádio II foi o mais comum, correspondendo a 62,5% dos casos. Vinte e oito pacientes (87,5%) foram submetidos à ressecção cirúrgica do tumor. Em 42,9% dos pacientes operados a cirurgia realizada foi RO. Sete pacientes receberam quimioterapia neoadjuvante, sendo 6 deles com esquema ADOC e 1 com esquema baseado em cisplatina e etoposideo. A tolerância ao esquema ADOC foi aceitável. O seguimento mediano foi de 42 meses e a sobrevida global mediana foi de 35 meses. Conclusão: a cirurgia permanece como pedra fundamental do tratamento Se optado por terapia neoadjuvante, o esquema ADOC pode ser considerado devido tolerância clínica aceitáve e excelente taxa de resposta.



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Article published online:
10 July 2025

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