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DOI: 10.1055/s-0044-1796724
IMPACTO DA QUIMIOTERAPIA NEOADJUVANTE NO TRATAMENTO DE PACIENTES COM TIMOMA: UM ESTUDO RETROSPECTIVO
Introdução: os timomas são tumores torácicos hete-rogêneos e raros, que correspondem a 20% das massas mediastinais e apresentam incidência anual de 1,3 - 3,2 casos por 1.000.000 habitantes. Histologicamente são dividos em A, AB, B1, B2, B3 e carcinoma tímico, levando em conta o predomínio celular (células epite-liais ou linfócitos). Já a classificação de Massaoka leva em consideração o acometimento da cápsula e invasão de estruturas vizinhas. Objetivo: avaliar os aspectos clinicopatológicos e a sobrevida de pacientes com timoma ou carcinoma tímico do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas. Método: foram coletados dados de 32 pacientes com diagnóstico de timoma ou carcinoma tímico atendidos de 01/01/2000 à 21/10/2016.Os pacientes foram tratados com ressecção cirúrgica do tumor, sempre que possível (critério do cirurgião). Quimioterapia neoadjuvante com adria-micina, iclofosfamida, vincristina e cisplatina (ADOC) ou cisplatina e etoposideo, foi indicada para pacientes que eram considerados com doença local irresecável. A so-brevida global foi calculada usando método de Kaplan-Meier. Resultados: os pacientes eram em sua grande maioria da raça branca, sendo 50% do sexo masculino e 50% do sexo feminino. O timoma tipo B1 foi a histologia mais prevalente (28,1%) seguida do subtipo AB (21,9%) Quanto à classificação de Massaoka, o estádio II foi o mais comum, correspondendo a 62,5% dos casos. Vinte e oito pacientes (87,5%) foram submetidos à ressecção cirúrgica do tumor. Em 42,9% dos pacientes operados a cirurgia realizada foi RO. Sete pacientes receberam quimioterapia neoadjuvante, sendo 6 deles com esquema ADOC e 1 com esquema baseado em cisplatina e etoposideo. A tolerância ao esquema ADOC foi aceitável. O seguimento mediano foi de 42 meses e a sobrevida global mediana foi de 35 meses. Conclusão: a cirurgia permanece como pedra fundamental do tratamento Se optado por terapia neoadjuvante, o esquema ADOC pode ser considerado devido tolerância clínica aceitáve e excelente taxa de resposta.
Publication History
Article published online:
10 July 2025
© 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
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