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CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-233
DOI: 10.1055/s-0044-1797218
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TEMÁRIO: TRATO GASTROINTESTINAL ALTO

GASTRECTOMIA TOTAL COM LINFADENECTOMIA D2 ROBÓTICA NO CÂNCER GÁSTRICO

Marina Gabrielle Epstein
1   UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO
,
Marilia dos Santos Fernandes
1   UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO
,
Gabriel Naman Maccapani
1   UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO
,
Vladimir Schraibman
1   UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO
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Introdução: O câncer gástrico é uma das neoplasias malignas mais comuns e apresenta alta mortalidade, sendo considerado a segunda causa de morte por câncer mundialmente. O tratamento considerado padrão ouro é a gastrectomia com linfadenectomia D2. As técnicas minimamente invasivas vem sido utilizadas em substituição às gastrectomias por laparotomia, devido a importantes benefícios como redução da morbimortalidade, recuperação pós operatória mais rápida. A gastrectomia robótica reduz a perda sanguínea intraope-ratória pois a plataforma robótica permite a eliminação do tremor e pinças com movimentos semelhantes a mão humana, facilitando a precisão da linfadenectomia em locais com alto potencial de sangramento (tronco celíaco, artérias gástrica esquerda e hepatica). Objetivo: apresentar um caso de uma paciente jovem submetida a quimioterapia neoadjuvante e submetida a gastrectomia total com linfadenectomia D2 robótica. Apresentação do caso: Paciente do sexo feminino, 34 anos, com queixa de dispepsia e epigastralgia há 20 dias sem melhora com uso de IBP. Endoscopia digestive alta evidenciou lesão ulcerada profunda, medindo até 40 mm em região subcárdica e parede posterior do corpo alto do estômago. Biópsia demonstrou tartar-se de um adenocarcinoma gástrico de células pouco coesas. Imunohistoquímica: escore 1+ (Negativo) para produto do oncogene HER2. Realizado estadiamento e não foi encontrado lesões secundárias. Paciente foi submetida a quimioterapia neoadjuvante “FLOT” (fluorouracil, leucovorin, oxaliplatina, docetaxel). Foi submetida a gastrectomia total com linfadenectomia D2 robótica com reconstrução em Y de Roux. O anatomopatológico evidenciou adenocarcinoma gástrico residual viável em cerca de 10% da área tumoral e 31 linfonodos ressecados, livres de neoplasia. Paciente evoluiu sem intercor-rências, e recebeu alta hospitalar no sétimo pós operatório, com dieta líquida. No momento encontra-se sem sinais de recidiva da doença, em acompanhamento ambulatorial. Conclusão: A gastrectomia robótica com linfadenectomia D2 para neoplasia gástrica é viável e permite ressecção R0 e linfadenectomia oncológica adequada, com baixa morbimortalidade perioperatória, menos dor e menor tempo de internação hospitalar quando realizada por cirurgiões com experiência em cirurgia minimamente invasiva e robótica.



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Article published online:
10 July 2025

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