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CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-233
DOI: 10.1055/s-0045-1807344
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TEMÁRIO: OUTROS E MISCELÂNIA

SCHWANNOMA DE PLEURA PARIETAL ASSINTOMáTICO EM MILITAR DA FORçA AéREA BRASILEIRA

William Augusto Casteleins Cecilio
1   HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
,
Paulo de Souza Fonseca Guimarães
1   HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
,
Klinger Ricardo Dantas Pinto
1   HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
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Apresentação do caso: A pleura é constituída de uma camada contínua de tecido conjuntivo que recobre as estruturas intratorácicas, dividindo-se em visceral e parietal. A camada parietal recebe inervação somática de fibras simpáticas e parassimpáticas, através dos nervos intercostais. Um tumor que tenha origem na bainha nervosa pode ser classificado como schwannoma, neurofibroma e perineurioma, sendo que tumores híbridos, compostos de áreas com mais de um tipo histológico (ditos bifásicos) também foram descritos. Em 1910, José Juan Verocay, definiu como entidade o tumor que tipicamente se origina da bainha de nervo periférico e que cresce dentro de uma cápsula, permanecendo aderido a este nervo. Pode ocorrer em virtualmente qualquer local do organismo, mas é tipicamente encontrado em nervos cranianos, além de mediastino e retroperitôneo, raramente em parede torácica. Neste caso, tipicamente originam-se de nn. intercostais e, mais raramente ainda, da pleura propriamente dita. Os sintomas devem-se pela localização, tamanho e efeitos compressivos, que no tórax costumam ser de tosse irritativa, dor pleurítica e dispnéia. O diagnóstico por imagem é inespecífico com uma massa sólida em exames de radiografia, tomografia ou ressonância. A confirmação dá-se por anátomo-patológico, após ressecção cirúrgica, podendo receber complementação por imunoistoquímica, com positividade típica para a proteína S-100. Apresentamos o caso de um paciente masculino de 43 anos, militar da ativa da Força Aérea Brasileira, que em exames de radiografias simples de tórax, realizadas anualmente com finalidade de junta de saúde, nos últimos cinco anos, evidencia-se lesão sólida periférica em hemitórax esquerdo, com lento crescimento. A imagem de tomografia sugere origem pleural, sem sinais de linfonodomegalia mediastinal ou lesão parenquimatosa associada, com tamanho de 4 x 3 cm. Foi submetido a ressecção por videotoracoscopia, em bloco da lesão com pleura adjacente, congelação sugerindo neoplasia fusocelular sem atipias. Estudo de parafina em H&E confirma schwannoma benigno de pleura, com margens livres. O paciente evoluiu satisfatoriamente, sem complicações. Em revisão da literatura, verificamos que o schwannoma de pleura e de nervos intercostais é uma entidade rara, com não mais de 30 casos publicados. Seu interesse clínico se justifica pelo diagnóstico diferencial difícil, pelos exames de imagem, sendo que podem atingir tumorações volumosas, porém de comportamento absolutamente benigno.



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10 July 2025

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