Open Access
CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672423
E-Poster – Anatomy & Approaches
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Acesso transcoróideo para tratamento de cisto de fossa posterior: um relato de caso

Authors

  • Jamil Dieb Santana

    1   Universidade Federal da Paraíba
  • John Anderson da Silva Rocha

    1   Universidade Federal da Paraíba
  • Inaê Carolline Silveira da Silva

    1   Universidade Federal da Paraíba
  • Bruna Lisboa do Vale

    1   Universidade Federal da Paraíba
  • Rafaela de Albuquerque Paulino

    1   Universidade Federal da Paraíba
  • Christian Diniz Ferreira

    1   Universidade Federal da Paraíba
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 
 

Apresentação de caso: Paciente pediátrico apresenta cisto de fossa posterior, na qual foi realizada uma cistoventriculostomia através da fissura coróidea, seguida de uma terceiro-ventriculostomia. Ambas foram realizadas pela trepanação frontal anteriorizada à direita, na linha do cabelo. Uma vez que a projeção do cisto no ventrículo foi identificada, a fenestração deste foi realizada, utilizando-se um cateter Fogarty n° 4F.

Discussão: A fissura coróidea é uma estreita fenda situada na parte medial do ventrículo lateral, em forma de um arco em C. Ela constitui o local de fixação do plexo coroide e é dividida em três partes: um corpo situado na parte central do ventrículo lateral entre o corpo do fórnix e da superfície superior do tálamo; uma parte atrial localizada no átrio do ventrículo lateral entre as pernas do fórnix e o pulvinar do tálamo; e uma parte temporal situada no corno temporal entre a fímbria do hipocampo e a face inferior do tálamo. Acessando a porção atrial da fissura a partir do átrio, expõe-se a cisterna quadrigeminal, a região pineal e a porção posterior da cisterna ambiens. Devido à ausência de tecido nervoso entre o epêndima e a pia-máter ao longo da fissura coróidea, ela é uma importante via de grandes cistos da fossa craniana posterior que fazem projeção no ventrículo lateral.

Comentários finais: Ao contrário de outras abordagens, que comprometem algumas estruturas neurais ou vasculares, a abordagem transcoróidea segue uma via natural. O conhecimento prévio da microanatomia da fissura coróidea é fundamental para a utilização da abordagem transcoróidea dos ventrículos cerebrais e para o tratamento de lesões nas cisternas. É importante que neurocirurgiões tenham uma noção tridimensional dessa microanatomia para compreender que é possível utilizar a abordagem transcoróidea para o tratamento de cistos de fossa posterior por meio da neuroendoscopia.


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