Open Access
CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672865
E-Poster – Oncology
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Ultrassom na localização de lesões cerebrais

Luiz Carlos Brasiliano Ferreira
1   Hospital Universitário da Ulbra
,
Humberto de Matos Muller
1   Hospital Universitário da Ulbra
,
Lucas Pastori Steffen
1   Hospital Universitário da Ulbra
› Author Affiliations
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 
 

    Introdução: Ultrassom transoperatório é um método não invasivo que em tempo real mostra a morfologia, vascularização e patologias do encéfalo. Esta técnica nos ajuda na localização, caracterização e monitorização da ressecção da lesão em tempo real. O primeiro uso do ultrassom por neurocirurgiões data de 1950 no EUA quando French et al. tentaram obter sinais de ecografia na autópsia de cérebros com lesões tumorais. Os primeiros relatos demonstrados com sucesso do uso do US transoperatório foram publicados por Rubim e Dohrmann em 1980. O rápido desenvolvimento da técnica tornou o uso de US transoperatório rotina em vários departamentos de neurocirurgia nos dias de hoje.

    Método: Como objetivo, a ultrassonografia transoperatória foi usada para o auxílio na localização de tumores cerebrais e a monitorização na ressecção de gliomas. Em um intervalo de 16 meses, de julho de 2014 a outubro de 2015, a ultrassonografia foi usada em 20 procedimentos neurocirúrgicos não consecutivos, sendo selecionadas pequenas lesões subcorticais de difícil acesso e excluídas lesões obvias como grandes gliomas superficiais e meningiomas. Nossa experiência inclui 2 abcessos cerebrais, 18 neoplasias entre metástases e gliomas sólidos e císticos, com uma variação de diâmetros entre 1 e 4,5 cm. O aparelho usado foi o Esaote modelo myLab 50 Xvision 2014, com transdutor linear 7,5 MHz e convexo 12,5 MHz. O transdutor foi colocado em uma capa esterilizada usado na superfície da dura-máter ou na superfície do córtex cerebral, sendo rotado em volta da área de interesse em uma variação de planos sagital, axial e coronal. Foram usados como pontos de referência os ventrículos laterais, o terceiro ventrículo e a foice inter-hemisférica do cérebro.

    Resultados: O resultado mais significativo dessa investigação do uso da intraoperatório em tempo real é que a lesão tumoral foi claramente identificada e localizada em cada caso. Entretanto, a monitorização da ressecção das lesões tumorais exige uma curva de aprendizagem maior e as bordas da ressecção uma melhor definição na imagem.

    Conclusão: Concluindo, a ultrassonografia transoperatória é um método não invasivo e útil na localização de pequenas lesões subcorticais em tempo real reduzindo o tempo cirúrgico e a exploração cirúrgica. O método também nos auxilia na monitorização transoperatória definindo margens e identificando resíduos tumorais, especialmente em gliomas. Esta ferramenta é de baixo custo e fácil manuseio.


    No conflict of interest has been declared by the author(s).