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DOI: 10.1055/s-0038-1672999
Plexectomia microcirúrgica em crianças hidranencéfalas: relato de caso
Publication History
Publication Date:
06 September 2018 (online)
Apresentação do caso: Apresentamos a experiência no uso de abordagem de plexectomia microcirúrgica para tratamento da hidrocefalia sem uso de shunts. Foram 3 casos consecutivos de pacientes portadores hidranencefalia, diagnosticado por tomografia computadorizado de crânio, tratado com plexectomia microcirurgia. A média de idade momento operatório foi de 3 anos, a média do perímetro cefálico de 44,3. O tempo cirúrgico médio foi de 45 min, não houve necessidade de transfusão sanguínea. Um paciente apresentou crises convulsivas reentrantes no pós-operatório controlado com uso de medicação. Não houve complicação infecciosa no pós-operatório. O perímetro cefálico no seguimento ambulatorial em 6 meses apresentou crescimento de 0,27 cm ao mês.
Discussão: A hidranencefalia é uma anomalia congênita, na qual os hemisférios cerebrais do neonato estão ausentes, sendo substituídos por sacos de leptomeninges, repletos de liquido cefalorraquidiano. A sobrevida média dos pacientes portadores de hidranencefalia é de aproximadamente 1 ano de idade, podendo ultrapassar extensivamente esse limiar se devidamente ocorrer assistência precoce. Tendo em vista que o perímetro cefálico permanece em progressão, esses pacientes são frequentemente submetidos a derivações ventriculares para controle do crescimento, o que resulta em inúmeras complicações, como fístulas liquórica, infecções do sistema nervoso central, disfunções do sistema de derivação e escaras sobre os reservatórios. Essas complicações levam à necessidade de múltiplas cirurgias para revisões e/ou trocas dos sistemas de derivações e antibioticoterapias por períodos prolongados com alto risco ao paciente e custos bastante elevados para o sistema de saúde.
Comentários finais: A plexectomia microcirúrgica se mostrou um procedimento seguro e efetivo para o controle do perímetro cefálico nessa limitada serie de 3 pacientes portadores de hidranencefalia. A técnica pode ser uma alternativa segura para uso de shunts evitando suas complicações. Estudos maiores se fazem necessários para confirmações desses dados.
No conflict of interest has been declared by the author(s).