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DOI: 10.1055/s-0038-1673211
Tratamento endovascular de ruptura de aneurisma dissecante de artéria vertebral na displasia fibromuscular
Publikationsverlauf
Publikationsdatum:
06. September 2018 (online)
Relato de caso: Homem, 37 anos, apresentando cefaléia súbita e vômitos, há 7 dias da admissão no Pronto Socorro. Admitido com rigidez nucal leve, Glasgow 15, Hunt-Hess I e WFNS I. História pregressa de hipertensão arterial, há 12 anos, controlado com anlodipina. Tomografia e Ressonância de Crânio mostraram Hemorragia Subaracnóide em cisternas de base de crânio e 4° ventrículo, Fisher IV. Angiografia por subtração digital (DSA) evidenciou dois aneurismas dissecantes, um no segmento V3 da lfVA e outro na porção carotídea direita, com padrão de “cordão de contas” (estenoses seguidas por dilatações) em ambas artérias carótidas internas e em ambos segmentos V2, bem como ectasia da artéria renal direita, diagnosticando displasia fibromuscular (DFM). Evoluiu com sepse de foco urinário, pancreatite não biliar e insuficiência renal aguda (ambas relacionadas ao contraste), hidronefrose bilateral e trombocitopenia transitória. Após melhora clínica, no 37° dia pós-ictus, submetido à angioplastia percutânea transluminal dos aneurismas dissecantes. Paciente recebeu alta sem déficit neurológico em uso de ácido acetilsalicílico e clopidogrel. DSA controle, após 8 meses, demonstrou exclusão do aneurisma de lfVA e diminuição do outro.
Discussão/ conclusão: A DFM é um grupo de doenças idiopáticas, não ateroscleróticas e não inflamatórias das paredes arteriais que levam à estenose de pequenas e médias artérias, podendo ocorrer em qualquer vaso, embora seja mais prevalente nas renais e cervicais. DFM está associada a um risco substancial de formação e ruptura de aneurismas, além de dissecção arterial e oclusão, causando uma grande diversidade de sinais e sintomas. Os sítios de aneurismas mais comumente identificados refletem os leitos arteriais mais frequentemente afetados pela DFM: as artérias renais e carótidas extracranianas. A dissecção espontânea da artéria cervical é uma causa comum de AVC em adultos jovens e de meia-idade, sendo mais frequentes nas artérias extracranianas e vertebrais. O manejo de pacientes com DFM com tratamento farmacológico está bem estabelecido, seja com antiagregantes plaquetários, anticoagulantes e anti-hipertensivos. O tratamento endovascular é indicado a pacientes com DMF sintomática ou crítica, podendo ser direcionado a complicações. Embora o tratamento esteja bem definido para complicações sintomáticas ou que causam um risco grave ao paciente, mais estudos são necessários com relação ao tratamento de lesões assintomáticas.
Die Autoren geben an, dass kein Interessenkonflikt besteht.