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DOI: 10.1055/s-0043-1764601
PESQUISA DE SATISFAÇÃO E QUALIDADE DE VIDA APÓS TRATAMENTO CIRÚRGICO PARA FISSURA ANAL CRÔNICA
Authors
Introdução A fissura anal causa dor, sangramento e diminuição da qualidade de vida, e gera consequências negativas na saúde mental, privação de atividades sociais, e prejudica o desempenho no trabalho. Poucos estudos avaliam os resultados do tratamento cirúrgico da fissura anal crônica no âmbito biopsicossocial.
Objetivo Avaliar a satisfação com o procedimento e a qualidade de vida no pós-operatório tardio dos pacientes submetidos a tratamento cirúrgico para fissura anal crônica.
Materiais e Métodos Estudo transversal baseado em entrevista telefônica com pacientes operados por fissura anal crônica no serviço de 2015 a 2021. Foram excluídos pacientes com transtornos psiquiátricos descompensados, seguimento clínico inferior a seis meses, e aqueles em que não foi possível o contato telefônico. Questionamos o grau de satisfação com a cirurgia, se o paciente faria novamente o mesmo procedimento caso necessário, e se o recomendaria a um amigo ou familiar, com resposta graduada segundo a escala de Likert. Foi aplicado o questionário SF-6D Brasil para a avaliação da qualidade de vida em seis dimensões: limitação global; capacidade funcional; aspectos sociais; dor; saúde mental; e vitalidade, sendo comparados os estados de saúde atual e pré- operatório.
Resultados e Discussão De 42 pacientes, 22 foram excluídos. Dos 20 restantes, 85% afirmaram satisfação com resultado; todos recomendariam o procedimento a familiares ou amigos, e apenas 1 não o faria novamente. Da qualidade de vida, antes do procedimento, 75% referiram dificuldade para atividades da rotina; 70%, impacto ou limitação no trabalho; 75%, interferência em atividades sociais; 95%, dor moderada ou superior, com limitação nas atividades diárias; 95%, estar mais nervosos ou abatidos; e 80%, sentir menos energia. No pós-operatório, 90% negaram dificuldade para atividades da rotina; 80%, interferência em sua saúde atual ou nas atividades sociais; 70%, dor; 70%, sentirem-se nervosos ou abatidos; e 80% voltaram a sentir muita energia. Todos melhoraram. A minoria referiu impacto negativo na qualidade de vida no pós-operatório: foram os que evoluíram com recidiva (2) e/ou algum grau de incontinência (3), sintomas perianais inespecíficos (2) ou outras doenças (2). O estudo atual tem limitações. Questionários foram aplicados apenas no pós-operatório, e foi utilizado o de qualidade de vida, que não é específico para a doença.
Conclusão Houve repercussão negativa da fissura anal crônica na qualidade de vida dos pacientes e o sucesso da operação no controle dos sintomas e na sua repercussão nas atividades da rotina.
No conflict of interest has been declared by the author(s).
Publication History
Article published online:
16 March 2023
© 2023. Sociedade Brasileira de Coloproctologia. This is an open access article published by Thieme under the terms of the Creative Commons Attribution-NonDerivative-NonCommercial License, permitting copying and reproduction so long as the original work is given appropriate credit. Contents may not be used for commecial purposes, or adapted, remixed, transformed or built upon. (https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)
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