Open Access
CC BY-NC-ND 4.0 · Journal of Coloproctology 2022; 42(S 01): S1-S219
DOI: 10.1055/s-0043-1764653
Temas gerais dentro da especialidade
ID – 114653
Apresentação Oral

PNEUMATOSE INTESTINAL ASSINTOMÁTICA EM PÓS-OPERATÓRIO TARDIO DE APENDICECTOMIA

Authors

  • Pâmela Augusto de Almeida Vaz

    1   Hospital Naval Marcílio Dias, Rio de Janeiro – RJ, Brasil
  • Bruna de Barros Miguez

    1   Hospital Naval Marcílio Dias, Rio de Janeiro – RJ, Brasil
  • Brunno Bastos Knoploch

    1   Hospital Naval Marcílio Dias, Rio de Janeiro – RJ, Brasil
  • Rodolpho Zoner Rocha Gonçalves Pessurno

    1   Hospital Naval Marcílio Dias, Rio de Janeiro – RJ, Brasil
  • Sebastião Dutra de Morais Junior

    1   Hospital Naval Marcílio Dias, Rio de Janeiro – RJ, Brasil
  • Juliana Igreja Pinto

    1   Hospital Naval Marcílio Dias, Rio de Janeiro – RJ, Brasil
  • Luísa Machado Rocha

    1   Hospital Naval Marcílio Dias, Rio de Janeiro – RJ, Brasil
  • Joana de Almeida Machado

    1   Hospital Naval Marcílio Dias, Rio de Janeiro – RJ, Brasil
 
 

    L.D.A., do sexo masculino, de 38 anos, sem comorbidades e cirurgias abdominais prévias, deu entrada no Hospital Naval Marcílio Dias, na cidade do Rio de Janeiro. em 12 de maio de 2022, com queixa de dor abdominal havia 2 dias em mesogastro com migração para a fossa ilíaca direita. O exame físico e a tomografia de abdome sem contraste sugeriram o diagnóstico de apendicite aguda. Foi realizada apendicectomia por via laparotômica no mesmo dia, e constatou-se apendicite de grau 4B. O paciente recebeu alta médica no oitavo dia de pós operatório, mas foi reinternado no dia seguinte por eventração. Foi realizada laparotomia exploradora, em que se identificaram múltiplas aderências, áreas de lesão de serosa de alças, e moderada quantidade de secreção seropurulenta. O paciente permaneceu internado por mais 19 dias, mas retornou à emergência um mês após a última abordagem, com queixa de abaulamento na ferida operatória. Ele apresentava-se estável hemodinamicamente, e sem demais queixas. Realizou-se tomografia de abdome com contraste, que evidenciou múltiplas áreas com pneumatose intestinal e focos de pneumoperitôneo. Optou-se pelo tratamento conservador, e iniciou-se antibioticoterapia, com boa evolução clinico-radiológica. A pneumatose cística intestinal é uma doença rara, caracterizada por um histórico clínico inespecífico, graus variados de sintomas, e achado de múltiplos cistos gasosos na parede abdominal de difícil investigação. Está relacionada a diversas causas, como doença de Crohn, colagenases, AIDS e infecção bacteriana, sendo esta última questionada como a possível etiopatogenia do caso aqui relatado. O tratamento desta condição envolve antibioticoterapia e até oxigenoterapia hiperbárica. Diante de um tratamento conservador ineficaz, indica-se intervenção cirúrgica. Este relato de caso visa reforçar a importância da avaliação clínica global do paciente, levando em conta seu estado geral frente a uma decisão operatória, visto que o paciente tinha uma condição benigna e com boa evolução clínica após o tratamento conservador. A despeito da raridade, a pneumatose cística intestinal é uma condição de suma importância a ser lembrada quando da tomada de decisão cirúrgica.


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    Publication History

    Article published online:
    16 March 2023

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