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DOI: 10.1055/s-0043-1764722
SARCOMA PRIMÁRIO DE RETO: RELATO DE CASO
Apresentação do Caso Um paciente de 55 anos, do sexo masculino, procurou o ambulatório de Coloproctologia em fevereiro de 2022 com queixa de constipação havia 5 meses. Ao exame físico, foi identificada lesão tocável a cerca de 2 cm da margem anal. Então, solicitou-se o exame de colonoscopia, que demonstrou uma LST de 50 mm no cólon ascendente e uma lesão no reto friável, amolecida, avermelhada, a 2 cm da margem anal, ambas biopsiadas. O anatomopatológico da lesão do cólon ascendente demonstrou colite, e a do reto, lesão ulcerada com aspecto de sarcoma de Kaposi e imunohistoquímica com sarcoma fusocelular de histogênese indefinida, que podia corresponder a sarcoma fusocelular inclassificável ou carcinoma sarcomatoide. Os exames de estadiamento não evidenciaram lesões à distância. O caso foi levado para discussão clínica multidisciplinar, e optou-se, como tratamento mais efetivo, pela ressecção cirúrgica de ambas as lesões. Em 2 de maio de 2022, o paciente foi submetido a ileocolectomia direita com ileocolostomia e retossigmoidectomia em oncologia com excisão total do mesorreto, com anastomose colorretal termino-terminal grampeada. O anatomopatológico evidenciou margens livres em ambas as lesões e linfonodos negativos. O paciente teve boa evolução no pós-operatório.
Discussão e Comentários Finais Os sarcomas colorretais são um grupo raro e heterogêneo de tumores de origem mesenquima,l e compreendem 0,1% de todas as malignidades colorretais. Têm vários subtipos, como leiomiossarcoma (o mais comum), histiocitomas, e tumores desmoplásicos de pequenas células redondas, apresentam-se entre a sexta e sétima décadas de vida, e a maioria está localizada no cólon (70,7%), seguido do reto (25,4%) e e do retossigmoide (3,9%). Quando comparados ao adenocarcinoma colorretal, sarcomas colorretais primários se comportam de maneira mais agressiva, apresentam-se em uma idade mais jovem, e têm pior prognóstico. Idade, local do tumor, grau histológico e qualidade da dissecção são fatores prognósticos independentes para um desfecho satisfatório. O tratamento se baseia na cirurgia, e o uso de quimiorradiação adjuvante tem um benefício incerto. Devido à raridade desses sarcomas, há poucos dados de qualidade que esclareçam o manejo adequado dos casos quando o diagnóstico é estabelecido. Sabe-se, contudo, que a ressecção cirúrgica com margens microscopicamente negativas (R0) é a única abordagem potencialmente curativa, sendo importante o diagnóstico precoce, o envolvimento de equipe multidisciplinar, e o cuidado individualizado de cada paciente.
Die Autoren geben an, dass kein Interessenkonflikt besteht.
Publikationsverlauf
Artikel online veröffentlicht:
16. März 2023
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