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CC BY-NC-ND 4.0 · Journal of Coloproctology 2023; 43(S 01): S1-S270
DOI: 10.1055/s-0044-1780904
Modalidade de apresentação: Pôster Eletrônico
Câncer do Cólon/Reto/Ânus

FATOR PROGNÓSTICO ASSOCIADO AO CEA PRÉ E PÓS-NEOADJUVÂNCIA EM PACIENTES COM ADENOCARCINOMA DE RETO MÉDIO E BAIXO

Lia Nishikawa
1   Hospital Santa Marcelina, São Paulo – SP, Brasil.
,
Matheus Iguera Cirqueira
,
Isaac José Felippe Corrêa Neto
,
Gabriel Fiorot Cruz Sperandio
,
Gabriela Portal Monteiro
,
Mayara Cavalcante Silvestre
,
Laercio Robles
› Author Affiliations
 
 

    lia_nishikawa@hotmail.com

    Introdução O câncer colorretal (CCR) está entre os três mais frequentes no Brasil, com a maior taxa de incidência, independente do sexo, na Região Sudeste. No CCR, os níveis de CEA habitualmente normalizam-se por volta de seis semanas após a ressecção do tumor. Depois desse período, níveis séricos crescentes podem indicar tumor residual, não ressecção total ou recidiva.

    Objetivos Analisar o nível de CEA pré e pós-neoadjuvância em pacientes submetidos a retossigmoidectomia e amputação abdominoperineal de reto eletiva, e correlacionar a diferença de valores entre o tempo e o estadiamento anatomopatológico.

    Materiais e Métodos Estudo retrospectivo pela análise de prontuário eletrônico de pacientes maiores de 18 anos submetidos a cirurgia colorretal eletiva no de janeiro de 2014 a dezembro de 2022 pelo Serviço de Coloproctologia de um hospital de ensino. As análises são realizadas segundo a correlação de Spearman e curva ROC.

    Resultados O valor médio do CEA pré-neoadjuvância foi de 15,21 (desvio padrão, DP: ±26,41) ng/dL, e após rádio e quimioterapia, de 7,17 (DP: ±15,6) ng/dL, com queda estatisticamente significativa (p = 0,00058), e a relação formada pelo delta CEA (diferença entre o CEA pré e pós-neoadjuvância) obteve média de 8,04 (DP: ±17,81) ng/dL. Além disso, ao se fazer a correlação entre valor de CEA pré-neoadjuvância e o estadiamento local (T), demonstrou-se associação fraca, mas com significância estatística (p = 0,026). A mesma coisa pôde ser observada entre o CEA pós-neoadjuvância e o estadiamento linfonodal (N; p = 0,012). Por meio da curva ROC, obteve-se um valor de corte para a análise da profundidade da invasão neoplásica (T) de 4,9, com sensibilidade de 73% e especificidade de 63%. Já para o acometimento linfonodal, essas percentagens foram de 41%, 89% e 70%, respectivamente; em relação ao estádio N, o valor de corte foi de 16,5ng/dL. O CEA, nesta amostra, mostrou que a sensibilidade e a especificidade do teste em afirmar que o paciente apresenta uma doença com N+ são de 41% e 89%, respectivamente.

    Conclusão O valor do CEA teve significativa redução após a realização de neoadjuvância em portadores de tumor de reto médio e baixo, e seus níveis antes dessa etapa do tratamento se relacionam à profundidade de invasão tumoral e ao acometimento linfonodal.


    No conflict of interest has been declared by the author(s).

    Publication History

    Article published online:
    27 February 2024

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