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CC BY-NC-ND 4.0 · Journal of Coloproctology 2023; 43(S 01): S1-S270
DOI: 10.1055/s-0044-1780946
Modalidade de apresentação: Pôster Eletrônico
Câncer do Cólon/Reto/Ânus

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO CÂNCER COLORRETAL NA REGIÃO SUL DO BRASIL, DESTACANDO O ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL E A CIDADE DO RIO GRANDE (2013-2022)

Authors

  • Maria Luiza Ferreira da Costa

    1   Universidade Estadual de Goiás.
  • Leonan Ricardo Carvalho Pires

  • João Veríssimo da Silva Neto

  • Yasmeen Rahman Avendana Machado

  • Fernanda Araújo Ávila

  • Ana Carolina da Costa Ferreira

 
 

    maalucostaf@gmail.com

    Introdução Câncer colorretal (CCR) é uma doença comum e letal que está associada a fatores genéticos e a hábitos de vida, como histórico de CCR em familiar de primeiro grau e tabagismo, respectivamente, e cuja epidemiologia versa sobre o terceiro tipo de câncer mais diagnosticado em homens no mundo.

    Objetivo Analisar o perfil epidemiológico do CCR no Sul (S) do Brasil (BR) entre 2013 e 2022, relacionando os dados encontrados aos registrados no estado do Rio Grande do Sul (RS) e na cidade do Rio Grande (RG).

    Materiais e Métodos Estudo epidemiológico transversal retrospectivo sobre CCR que avaliou os critérios sexo, faixa etária, modalidade terapêutica e estadiamento por ano de diagnóstico de 2013 a 2022. Os dados foram coletados no Painel-Oncologia – BRASIL pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), do Ministério da Saúde (BR), e acessados pelo aplicativo Tabulador de Informações de Saúde (TABNET).

    Resultados Foram registrados 58.983 casos de CCR no S no de 2013 a 2022. No RS, foram registrados 26.126 casos, que correspondem a 44,2% dos registrados no S. Casos de CCR em homens são mais comuns do que em mulheres. A faixa etária mais atingida por CCR no S e no RS é a de 65 a 69 anos. A cidade do RG apresentou a maior incidência na faixa etária entre 60 e 64 anos. Constatou-se que no S e no RS a maioria dos estadiamentos para CCR foi 4. Na cidade do RG, houve maior incidência do estágio 3, segundo os dados. A modalidade terapêutica para o tratamento de CCR mais aplicada no S, no RS e em RG foi a quimioterapia (27.446), seguida por cirurgia (14.234) e, por fim, radioterapia (3.835). O total de casos sem informações sobre o tratamento corresponde a 12.601 pacientes.

    Conclusão O RS detém mais um terço dos casos de CCR do S. Notou-se incidência mais elevada de CCR em pessoas de mais idade, sobretudo homens, e com leve diferença entre as faixas etárias mais acometidas do S e do RS (65 a 69 anos) quando comparadas ao grupo com maior incidência na cidade do RG (60 a 64 anos). Concluiu-se que a detecção da maioria dos casos realizou-se em estadiamentos mais tardios (3 e 4), o que pode significar piores prognósticos e menores chances de sucesso independente da modalidade terapêutica instituída. Ademais, a quantidade de pacientes sem registros de informações de tratamento é considerável, de modo que quanto menos dados epidemiológicos fidedignos, menos eficazes serão as políticas públicas implementadas no combate ao CCR e afins.


    No conflict of interest has been declared by the author(s).

    Publication History

    Article published online:
    27 February 2024

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