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CC BY-NC-ND 4.0 · Journal of Coloproctology 2023; 43(S 01): S1-S270
DOI: 10.1055/s-0044-1780952
Modalidade de apresentação: Pôster Eletrônico
Câncer do Cólon/Reto/Ânus

SÍNDROME DE TURCOT: RELATO DE CASO

Authors

  • João Victor Maia Freitas

    1   Universidade de Brasília (UnB).
  • Felipe Teixeira da Silva

  • Vanessa Siqueira Reis

  • Isabela Augusta de Carvalho Testi

  • Oswaldo de Moraes Filho

  • Antônio Carlos Nóbrega dos Santos

  • Bruno Augusto Alves Martins

  • João Batista de Sousa

 
 

    jvmf18898@gmail.com

    Apresentação do Caso Relatamos o caso de uma paciente do sexo feminino diagnosticada com polipose adenomatosa familiar (PAF) aos 16 anos, após exame de rastreio, devido a histórico familiar. No momento do diagnóstico, apresentava queixa de cefaleia, e foi solicitada tomografia computadorizada de crânio, que evidenciou tumoração cerebral. Ela foi encaminhada para avaliação de neurocirurgia, e indicou-se ressecção cirúrgica. A análise histopatológica revelou o diagnóstico de glioblastoma. Após a operação, a paciente apresentou sequelas neurológicas motoras. Com a associação entre essas duas doenças, polipose colorretal e neoplasia cerebral, a paciente se enquadrou na síndrome de Turcot. Aos 20 anos de idade, ela foi submetida a colectomia total com ileorretoanastomose. A paciente seguiu em acompanhamento, sem condições de autocuidado, e faleceu aos 47 anos de idade em decorrência de sequelas neurológicas e complicações respiratórias.

    Discussão A síndrome de Turcot é um quadro raro definido pela associação entre neoplasia primária do sistema nervoso central e polipose colorretal. Quanto à etiologia da síndrome, existem duas possíveis causas: tipo I, associado a erros no reparo do DNA característicos da síndrome de Lynch; e tipo II, associado a PAF e, consequentemente, a mutação no gene adenomatous polyposis coli (APC). Desse modo, a paciente do caso se enquadraria no tipo II da Síndrome de Turcot; todavia, normalmente, os glioblastomas estão mais associados ao tipo I da síndrome, ao passo que os meduloblastomas correspondem a 80% dos tumores cerebrais relacionados à PAF.

    Comentários Finais a PAF é rara, sendo responsável por aproximadamente 1% dos casos de câncer colorretal. Ademais, o caso apresentado é ainda mais raro, uma vez que também está associado ao diagnóstico de glioblastoma, o que configura uma apresentação ainda menos usual da síndrome de Turcot. Assim, dentro desse quadro particular, foi possível observar a importância da avaliação familiar para o diagnóstico precoce de PAF, além do rastreio de outras síndromes raras associadas.


    No conflict of interest has been declared by the author(s).

    Publication History

    Article published online:
    27 February 2024

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