Open Access
CC BY-NC-ND 4.0 · Journal of Coloproctology 2023; 43(S 01): S1-S270
DOI: 10.1055/s-0044-1781007
Modalidade de apresentação: Pôster Eletrônico
Doença Inflamatória Intestinal

AVALIAÇÃO DA IMUNOGENICIDADE AO ADALIMUMABE EM PACIENTES COM DOENÇA DE CROHN EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA TERCIÁRIO

Lívia Moreira Genaro
1   Laboratório de Investigação em Doença Inflamatória Intestinal, Serviço de Coloproctologia, Departamento de Cirurgia, Faculdade de Ciências Médicas (FCM), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Campinas, SP, Brasil.
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Ana Paula Menezes de Freitas Francheschini
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Juliana Delgado Campos Mello
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Cristiane Kibune Nagasako Vieira da Cruz
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Glaucia Fernanda Soares Rupert Reis
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Michel Gardere Camargo
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Maria de Lourdes Setsuko Ayrizono
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Raquel Franco Leal
› Institutsangaben
 
 

    liviamgenaro@gmail.com

    Introdução O atual objetivo terapêutico para a doença de Crohn (DC) é a indução da remissão e sua manutenção no longo prazo. A utilização de anticorpos monoclonais (mAbs), como o adalimumabe (ADA), demonstra atingir esse objetivo. Entretanto, mAbs podem ser gatilhos para a formação de anticorpos contra eles próprios, podendo levar à falha terapêutica.

    Objetivo Avaliar a resposta endoscópica e ou radiológica ao ADA, com monitoramento dos níveis séricos da droga e de anticorpos anti-ADA.

    Materiais e Métodos As dosagens do nível sérico de ADA foram realizadas por ensaio de fluxo lateral e ELISA, ao passo que a presença de anticorpos anti-ADA foi avaliada por ensaio de fluxo lateral. Para a dosagem de complexos imunes, utilizou-se a técnica de ELISA.

    Resultados Incluímos 40 pacientes provenientes do Gastrocentro/Unicamp e do Hospital das Clínicas/Unicamp, 25 dos quais foram classificados em atividade, apresentando predomínio da Classificação de Montreal A2L3B3 e mediana de 36 meses de uso de ADA. Destes, 11 utilizaram medicações imunossupressoras concomitantes. O grupo DCR contou com 15 participantes, com predomínio da Classificação de Montreal A2L2B1 e mediana de 60 meses de uso de ADA, com 10 utilizando concomitantemente medicações imunossupressoras. Não encontramos diferenças em relação aos níveis de medicação, independente da metodologia empregada. Em relação ao uso de medicação imunomoduladora concomitante, encontramos maiores níveis séricos de ADA nestes pacientes mediante a quantificação realizada por ELISA. Cinco pacientes apresentaram níveis infraterapêuticos de ADA pelo teste de fluxo lateral, sendo quatro em atividade e um em remissão. Destes, três apresentaram resultado positivo para anticorpos anti-ADA, e dois, negativo. Dos três pacientes que positivaram, dois eram do grupo atividade e um, do grupo remissão. Quanto à formação de imunocomplexos, não encontramos diferenças entre os grupos.

    Conclusão Nossos dados obtidos pela técnica de ELISA demonstraram que, os pacientes que fazem uso de medicação imunomoduladora concomitante apresentaram maiores níveis séricos de ADA, o que corrobora o benefício da terapia combinada, principalmente para os pacientes em atividade. Além disso, a detecção de anticorpos anti-ADA em mais da metade dos pacientes com níveis infraterapêuticos nos permite inferir uma relação entre falha terapêutica e processos imunogênicos.


    Die Autoren geben an, dass kein Interessenkonflikt besteht.

    Publikationsverlauf

    Artikel online veröffentlicht:
    27. Februar 2024

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