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DOI: 10.1055/s-0041-1741701
Impacto da Pandemia Covid-19 no Estadiamento e Óbitos por Câncer de Cólon Distal na Emergência no Hospital Universitário São Francisco de Assis
Authors
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Área: CÂNCER COLORRETAL
Forma de Apresentação: e-Pôster
Objetivo: Avaliar o impacto da pandemia do COVID-19 no tratamento cirúrgico emergencial dos doentes com neoplasia de cólon distal atendidos no HUSF no período de fevereiro de 2020 a fevereiro de 2021 em relação aos anos de 2018 e 2019.
Método: Estudo retrospectivo, descritivo, longitudinal realizado por análise dos dados disponíveis em prontuários e base eletrônica de dados, do serviço de Coloproctologia do HUSF. Foram analisados todos os pacientes com câncer localizado no cólon distal nos anos de 2018, 2019, 2020 e primeiro bimestre de 2021.
Resultados: Ao analisar os anos de 2018/19 foram identificados 22 casos de CCR de cólon distal operados em urgência, com idade média dos pacientes de 67 anos, apresentando distribuição de 63,63% mulheres (14) para 36,36% homens (8). Já no período de 2020/21 houve um total de 47 casos, com distribuição de 53,19% mulheres (25), com idade média de 68,7 anos. Dentre os procedimentos realizados em 2018/19 podemos citar: ressecções de tumor em 54,54% (12) dos casos e os demais colostomias derivativas. Realizados no total 3 procedimentos laparoscópicos, sendo deles 2 derivações e 1 ressecção. Dentre os procedimentos realizados em 2020/21 podemos citar: 44,68% (21) de cirurgias de ressecção tumoral, 48,93% (23) de colostomias derivativas e 6,38% (3) de procedimentos não terapêuticos. Realizados 7 procedimentos laparoscópicos, que representa 14,89% dos casos, todos feitos por médicos especialistas, sendo que os demais 85,10% dos casos (40) foram operados por via laparotômica. A anatomia patológica nos anos de 2018/19 apresentou-se com 95% (19) de Adenocarcinoma, sendo na sua totalidade do tipo moderadamente diferenciado. Nos anos de 2020/21 apresentou-se 92,85% (39) dos casos de Adenocarcinoma, sendo deles 80,48% (33) do tipo moderadamente diferenciado. A média de linfonodos ressecados pelo cirurgião geral e pelo especialista nos anos de 2018/19 foi de, respectivamente, 20 e 24,7 linfonodos por peça. Já nos anos de 2020/21 foi de 21,1 e 27 linfonodos. Quanto ao estadiamento, nos anos de 2018/19 observa-se: II (9,09%), III (50%) e IV (40,9%). Já em 2020/21: II (14,89%), III (27,65%) e IV (57,44%). Em 2018/19 houve 3 óbitos devido a sepse em pacientes operados por cirurgião geral contra 3 óbitos de pacientes operados por especialista devido a pneumonia, trombose portal e sepse. Em 2020/21, 100% dos óbitos (5 casos) foram de pacientes operados por cirurgião não especializado devido a sangramento pélvico, lesão pancreática, fístula anastomótica e sepse por perfuração de cólon.
Conclusões: Conclui-se que houve aumento importante nos casos de CCR de cólon distal operados em urgência no período de pandemia. Além disso, os estadiamentos apresentados pelos pacientes foram mais avançados neste período, estando este fato associado a maior mortalidade quando operados por cirurgião não especializado. Por fim, nota-se que houve aumento no número de procedimentos não terapêuticos no período de pandemia, o que demonstra maior gravidade inicial dos casos operados.
Publikationsverlauf
Artikel online veröffentlicht:
04. Januar 2022
© 2022. Sociedade Brasileira de Coloproctologia. This is an open access article published by Thieme under the terms of the Creative Commons Attribution-NonDerivative-NonCommercial License, permitting copying and reproduction so long as the original work is given appropriate credit. Contents may not be used for commecial purposes, or adapted, remixed, transformed or built upon. (https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)
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