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DOI: 10.1055/s-0044-1780947
TUMOR DE BUSCHKE-LÖWENSTEIN: AMPUTAÇÃO ABDOMINOPERINEAL E RECONSTRUÇÃO COM RETALHO V-Y, UM RELATO DE CASO
Authors
rodrigogsilva70@gmail.com
Apresentação do Caso Relatamos o caso de um paciente do sexo masculino, de 55 anos, com HIV em tratamento, e diagnóstico de tumor de Buschke-Löwenstein (TBL) com lesões que se estendiam desde região perineal, e bolsa escrotal que causava deformações cicatriciais até a porção peniana. No seguimento ambulatorial, foram realizadas múltiplas biópsias até que o resultado de uma amostra indicou carcinoma espinocelular (CEC), e então o paciente foi submetido a esquema de quimiorradioterapia exclusiva em 2021 e seguimento oncológico. Posteriormente, evoluiu com lesão ulcerada em margem anal, cuja biópsia confirmou CEC. Realizou-se discussão multidisciplinar com a oncologia clínica, dado o histórico de tratamento quimiorradioterápico, bem como lesão extensa com dor intratável, e optou-se pela amputação abdominoperineal. O paciente foi submetido ao procedimento de amputação abdominoperineal extraelevadora com reconstrução pélvica com retalho miocutâneo V-Y. O pós-operatório foi complicado por deiscência de ferida perineal e osteomielite após a exposição da região sacral. O seguimento multidisciplinar, com estomatoterapeuta e equipe de feridas, associados a antibioticoterapia, foi suficiente para o controle da ferida, cobertura óssea e tratamento da osteomielite. O paciente teve alta hospitalar, apresenta independência para realizar suas atividades habituais e tem a dor controlada.
Discussão O TBL, também conhecido como condiloma acuminado gigante, é uma rara apresentação do condiloma anogenital associada ao papilomavírus humano (HPV). Apresenta-se como lesão vegetante com histopatologia benigna mas lesões com grande potencial desenvolvimento de CEC. Uma vez comprovada a malignidade, o tratamento passa a ser o preconizado para os CECs de canal anal, com quimiorradioterapia exclusiva (esquema Nigro), estando restrita a cirurgia a casos de impossibilidade desse tratamento ou intratabilidade após a sua realização. Em pacientes imunossuprimidos, a doença é mais agressiva, com alto índice de recidiva local e diferenciação maligna, sendo a ressecção cirúrgica indicada e desafiadora em função da alta morbidade.
Comentários Finais É necessário o seguimento regular de pacientes com TBL, com atenção a pacientes imunocomprometidos e sinais de invasão de lesões, para que, se necessário, o tratamento oncológico seja proposto com brevidade, e culmine em melhores índices de qualidade de vida e desfecho oncológico satisfatório.
Publikationsverlauf
Artikel online veröffentlicht:
27. Februar 2024
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